Fomos aos Estados Unidos da América, mais concretamente a Illinois testar a nova versão do grupo Apex. Após nove horas de viagem e já devidamente instalados no hotel, fomos conduzidos até ao local onde tivemos a oportunidade de conhecer todos os segredos do novo grupo de gravel da SRAM. Foi em Galena, a 2h15 de Chicago, que conhecemos um dos paraísos para os ciclistas, com paisagens deslumbrantes.

O programa era curto, mas intenso. Durante dois dias tomávamos um pequeno almoço típico americano e depois tínhamos à nossa disposição bicicletas devidamente equipadas com os novos grupos Apex XPLR tanto nas versões eletrónica como mecânica para testar num percurso emocionante. No primeiro dia a volta totalizou 52 km com 800 metros de desnível positivo. A paisagem era impressionante, com uma exuberante vegetação verde, selvagem e frondosa que parecia desenhada especificamente para as bicicletas de gravel.

Ficámos agradavelmente surpreendidos pela versatilidade e eficiência deste grupo. A sua precisão, conforto e intuição na comutação das mudanças convidou-nos a experimentar todas as combinações possíveis sem nos preocuparmos com nada, o que nos permitiu poupar energias e deixou o pensamento mais livre para desfrutarmos do percurso. Este grupo é muito similar ao Rival AXS de versões anteriores, e nota-se que herdou a parte tecnológica do Rival, embora tenha acabamentos distintos e um preço mais acessível, o que o converte numa opção bastante atrativa. Vamos começar precisamente pela versão mecânica, a mais barata:

A grande capacidade de retenção da corrente e a simplicidade da transmissão monoprato (1x) saltam à vista. A comutação das mudanças é muito silenciosa e rápida ao longo dos 12 carretos e isso também se deve ao uso de correntes flat top da SRAM. O carreto maior tem 44 dentes, deste modo temos à disposição todas as mudanças de que precisamos. O Apex mecânico é compatível unicamente com cassetes de 12 velocidades (neste caso tem 11-44) e pesa 2.872 gramas.

Também existe a versão "mullet Style", com uma transmissão Eagle (desviador traseiro RD-APX-152-D1) para terrenos mais extremos, sendo possível montar cassetes Eagle 10-50, 11-50 ou 10-52 dentes. Portanto, os manípulos do novo Apex são compatíveis com desviadores traseiros com tecnologia Eagle. Neste caso, o peso é 3.062 gramas.

Os cranques Apex 1 Wide foram desenhados com uma linha de corrente mais ampla para permitir a utilização de pneus de gravel mais largos. Além disso, o eixo DUB (que também é mais largo) é compatível com o comprimento standard da caixa de pedaleiro das bicicletas de estrada e de BTT, o que oferece uma compatibilidade excepcional. Estes cranques são compatíveis com eixos traseiros de 135 mm, 142 mm e Boost.

Os travões são hidráulicos e neste test drive, a SRAM montou as nossas bicicletas com discos de 160 mm, embora também exista a possibilidade de montar discos de 140 mm se a ideia é pedalar em terrenos que não exigem uma grande capacidade de travagem, ou se formos praticar ciclocrosse. As suas pinças são compatíveis exclusivamente com montagem flat mount.

Curiosamente, sendo a versão mais barata das duas apresentadas, só estará disponível em Setembro, enquanto a versão eletrónica AXS chegará às lojas durante este mês de Junho.

TECNOLOGIA AXS, AGORA TAMBÉM DISPONÍVEL NO APEX
O percurso consistia numa combinação de caminhos de terra perfeitamente lisos, com algumas pedras, e zonas de asfalto. Foi a oportunidade ideal para testar o novo grupo Apex XPLR AXS com a tecnologia ETAP e medidor de potência integrado, montado numa bicicleta Lauf Seigla.

O Apex AXS XPLR tem uma transmissão ampla 1x12, sendo perfeito para aventuras em gravel, bikepacking e voltas casuais. A opção sem fios AXS com a tecnologia ETAP garante uma passagem de mudanças suave e precisa e uma travagem potente e controlada, tal como encontramos nos grupos topo de gama. A simplicidade de utilização permite-nos estar focados no que realmente importa: divertirmo-nos quando estamos a pedalar.

Os travões de disco hidráulicos oferecem uma potência de travagem impressionante e uma modulação precisa. Além disso, as manetes foram otimizadas, adaptando-se a todo o tipo de mãos, proporcionando um controlo máximo e um conforto excecional. Com o ajuste de alcance podemos adaptar as manetes a diferentes tamanhos de mãos através de uma chave sextavada na parte inferior da manete.

Outra das novidades é a introdução do medidor de potência no pedaleiro. Isto permite ter acesso a dados fiáveis em termos de potência e pode ser integrado em praticamente todas as bicicletas graças à tecnologia oculta no eixo DUB. Basicamente a unidade de potência está integrada no pedaleiro DUB-PWR medindo a potência no lado esquerdo, calculando o total de watts. O sistema é impermeável e muito leve.

Foi desenhado especificamente para uma utilização 1x e pode ser usado com as seguintes cassetes: 11-44D XPLR, 10-44D XPLR e 10-36D. O conjunto pesa 2.976g, tendo em conta as baterias e as mangueiras hidráulicas, o que represente um ligeiro aumento de peso face ao modelo Rival.


Em conclusão, a nossa experiência com os grupos Apex da SRAM foi muito enriquecedora. Tanto na versão eletrónica como na mecânica, oferecem precisão, qualidade e fiabilidade, aproximando cada vez mais pessoas da tecnologia eletrónica AXS.

Poderás obter mais informações em www.sram.com.