O britânico Mark Cavendish (Astana Qazaqstan Team), considerado o melhor sprinter da história, oficializou durante o dia de descanso da Volta a Itália que vai deixar o ciclismo quando a época acabar.
Após 17 temporadas como ciclista profissional, o "Expresso de Man", como é conhecido no pelotão, soma 161 vitórias no seu palmarés e vai participar na Volta a França com o objetivo de quebrar o recorde de 34 etapas na prova francesa que partilha com o lendário Eddy Merckx.
Na conferência de imprensa, Cavendish apareceu com a mulher e os filhos e estava visivelmente emocionado ao recordar a sua trajetória: "Adorei percorrer cada quilómetro desta prova até agora, por isso sinto que é o momento perfeito para dizer que esta será a minha última Volta a Itália e 2023 será a minha última temporada como ciclista profissional".
O britânico assinou contrato com a Astana nesta temporada, após ter representado a Quick Step - Alpha Vinyl e comentou qual será o seu futuro. Este dia de descanso coincidiu com o aniversário do seu filho Casper, tendo Cavendish referido que pretende passar mais tempo em casa e ajudar a sua esposa e filhos. Além disso, referiu que agora poderá brincar com os seus filhos (correr, jogar à bola) sem ter o receio de se lesionar.

Profissional desde 2007, Mark Cavendish representou as seguintes equipas: T-Mobile, Team Columbia-HTC, Team Sky, Omega Pharma / Quick-Step (em duas épocas distintas), Dimension Data, Bahrain McLaren e Astana Qazaqstan Team.
Foi campeão do mundo em 2021 (Copenhaga), venceu a Milão-San Remo em 2009, bem como 53 etapas em grandes voltas (34 no Tour, 16 no Giro e 3 na Vuelta).

Na pista o britânico também esteve em destaque, com três títulos mundiais em Madison e uma medalha de prata no Omnium nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016).
Esta temporada, Mark Cavendish ainda não conseguiu nenhuma vitória com a Astana. As últimas oportunidades para os sprinters neste Giro ocorrerão na quarta feira e em Roma, no domingo. No entanto, o grande objetivo do Expresso de Man vai ser a Volta a França, onde tentará desempatar o recorde de vitórias que partilha com o lendário Eddy Merckx (ambos somam 34).