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Max Richeze dececionado com Mark Cavendish

"Ele é um campeão, mas do ponto de vista humano, deixou-me dececionado. Podia ter-me dito que não podia levar-me com ele, bastava uma chamada e eu teria compreendido", disse o sprinter argentino, que está a participar na Volta a San Juan.

REVISTA CICLISMO A FUNDO / FOTO: ROBERTO BETTINI (SPRINT CYCLING AGENCY)

Max Richeze dececionado com Mark Cavendish
Max Richeze dececionado com Mark Cavendish

Aos 39 anos - no próximo dia 7 de Março faz 40 - o sprinter Maximiliano Richeze está prestes a terminar a sua carreira como ciclista profissional, após 16 temporadas. Vai participar na Volta a San Juan, a sua última prova e faz parte de uma seleção do seu país. Oficialmente vai deixar de competir no próximo dia 30 de Janeiro, ou seja, um dia depois de terminar a prova. 

Não era esta a maneira que Richeze tinha idealizado para o ponto final na sua carreira. Em 2022 assinou um contrato válido por quatro meses com a UAE Team Emirates, mas esse contrato acabou por ser prolongado até ao final da temporada, ajudando Fernando Gaviria nos sprints. Após o fim da temporada surgiu a possibilidade de continuar a competir, dado que Mark Cavendish queria que o argentino fizesse parte do seu "comboio" de lançamento para os sprints - juntamente com Cees Bol - na equipa B&B Hotels, com quem o britânico tinha apalavrado um contrato. Mas a falta de verba acabou por deixar o projeto em stand by, fazendo com que Richeze ficasse sem equipa.  

Entretanto Cavendish assinou contrato com a Astana Qazaqstan Team, levando consigo Cees Bol como lançador. Para além de ficar sem equipa, o argentino ficou triste e dececionado com a atitude do sprinter britânico, que inclusive deixou de atender as suas chamadas. "Íamos ser colegas de equipa na B&B Hotels, mas o projeto acabou. Continuei a falar com o Mark, que me disse que me levaria com ele e também falámos da Astana, mas de um dia para o outro deixou de me atender o telefone", explicou o argentino. 

"Ele é um campeão, mas do ponto de vista humano, deixou-me dececionado. Podia ter-me dito que não podia levar-me com ele, bastava uma chamada e eu teria compreendido", disse o sprinter argentino, que reconheceu que "fazer parte da mesma equipa que ele e pensar em participar na Volta a França com o objetivo de tentar bater um recorde histórico deixou-me muito motivado. Nos últimos meses estava sempre a contatar-me, por isso continuei a treinar bastante". 

Daqui a poucos dias o argentino vai colocar um ponto final na sua carreira profissional que começou em 2006 na Ceramica Panaria - Navigare e que tem 17 vitórias no seu palmarés, incluindo duas etapas na Volta a Itália, mas também na Volta à Suíça, Volta ao Luxemburgo, Volta à Turquia e o Campeonato Panamericano, entre outras. Sempre foi um trabalhador de equipa, não só como lançador de sprints. 

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