Nos trilhos podemos apanhar de tudo um pouco: desde zonas de terra compacta ou solta, lama, pedras, vegetação solta e mesmo raízes. Em piso seco, as raízes proporcionam muita tração, mas quando estão molhadas, tornam-se uma pista de "patinagem".
Obviamente, é preciso alguma cautela quando temos de enfrentar uma secção do trilho repleta de raízes e pedras, mas temos uma grande aliada: a inércia. Devemos atravessar essa secção o mais rápido e perpendicular possível, evitando tocar nos travões, caso contrário as rodas irão bloquear, perdendo a tração.
Ou seja, se tiveres de travar, convém ser antes ou depois dessa secção com raízes, pois quando estás a passar por cima delas convém teres alguma velocidade. À primeira vista pode parecer uma loucura recomendar passar raízes com velocidade, mas acredita que é a melhor maneira, sobretudo quando essas raízes estão húmidas. Com alguma prática e confiança verás que funciona.
O teu corpo deve estar relaxado, as pernas e os braços não devem estar rígidos e deves absorver com o corpo eventuais deslocações involuntárias da bicicleta. Embora a bicicleta oscile, ela manter-se-á neutra e basta algum equilíbrio para que essa secção que te faz suar as mãos seja ultrapassada sem percalços.
Primeiro treina em secções mais fáceis até ganhares alguma confiança e aos poucos vai experimentando em zonas mais técnicas.