Desde que surgiu no itinerário da Volta a Espanha em 1983 - com a vitória de Marino Lejarreta -, os Lagos de Covadonga converteram-se numa das subidas míticas da prova espanhola. 41 anos depois, Marc Soler saiu vitorioso, após ter sido um dos protagonistas de uma fuga que incluiu Filippo Zana, Max Poole e Jay Vine. No grupo dos favoritos, Enric Mas atacou, bem como Mikel Landa, mas Ben O´Conoor, apesar de estar em constante sofrimento, tem demonstrado grande resiliência, mantendo a camisola vermelha por 5 segundos.
🌟¡Qué victoria!
— Teledeporte (@teledeporte) September 3, 2024
🔝¡Qué magia tienen los LAGOS DE COVADONGA!
Entre la niebla aparece Marc Soler (@solermarc93) para conseguir la victoria que tanto ha perseguido a lo largo de toda #LaVuelta24 #VueltaRTVE3s
👏Para quitarse el sombrerohttps://t.co/oz2HSTHcCI pic.twitter.com/csdvJKI9Oe
Após uma subida vibrante, cheia de ataques, Enric Mas voltou a atacar, mas Primoz Roglic e Richard Carapaz não perderam tempo, ao contrário de David Gaudu, Mattias Skjelmose, Carlos Rodríguez e Mikel Landa - que acabou por pagar a fatura após ter feito um ataque de longe -, bem como Sepp Kuss e Florian Lipowitz.
Com o desfecho desta jornada, Roglic está a somente 5 segundos de O´Connor na classificação geral e Enric Mas está a 1m25. A liderança está por um fio, mas é impressionante o seu espírito de sacrifício e a defesa que está a fazer da camisola vermelha.
A triste notícia do dia é o abandono de Wout van Aert (devido a queda), um dos protagonistas desta Volta a Espanha e que acumulava a liderança da classificação dos pontos e da montanha. O belga integrava uma das fugas que chegou a ter 17 ciclistas e passou em primeiro no Mirador del Fito (7,1 km a 7,9%), consolidando a liderança da montanha e rolou sozinho com um minuto de vantagem até que decidiu esperar pelos seus companheiros de fuga. Depois, voltou a passar em primeiro na Collada Llomena (7,6 km a 9,3%) e na perigosa descida após esta subida caiu juntamente com Isaac del Toro e Feliz Engelhardt, que continuaram em prova. Van Aert ainda tentou seguir, mas visivelmente combalido e com dores pediu a assistência do seu carro e após ser visto por um médico teve de abandonar.
A subida aos Lagos de Covadonga (de categoria especial), com os seus 12,5 km a uma pendente média de 6,9%, deixou na cabeça de corrida Marc Soler (UAE TEam Emirates), Filippo Zana (Jayco-AIUia) e Max Poole (DSM-Firmenich), os mais fortes da fuga. A cerca de 4,5 km da meta, o espanhol natural de Barcelona atacou e conseguiu ganhar a etapa.
Será que Roglic vai "roubar" a camisola já amanhã ou vai esperar pela etapa de sexta feira (Moncalvillo) para sentenciar a prova? Esta etapa é praticamente plana até à parte final. O Alto de Moncalvillo (8,6 km a 8,9%) - onde Roglic ganhou em 2020 após um espetacular duelo com Carapaz - tem um início suave e as principais dificuldades estão nos quatro quilómetros finais, com uma pendente sempre superior a 9% e com rampas que chegam aos 16%!
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