As terríveis rampas de Ancares (7,5 km a 9,3% de pendente média, com os últimos 5 km a 12%) fizeram o teste do algodão ao líder, Ben O´Connor. Primoz Roglic está a demonstrar ser o ciclista mais forte nesta fase da Volta a Espanha e hoje aproximou-se ainda mais da liderança, fruto de um excelente trabalho da sua equipa, a Red Bull-BORA-hansgrohe. Nos últimos 4 km, o esloveno atacou, deixando para trás o líder Ben O´Connor, depois foi a vez de Enric Mas.
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— Teledeporte (@teledeporte) August 30, 2024
Primoz Roglic quiere dar un golpe encima de la mesa y demostrar que es el más fuerte de la carrera
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No topo de Ancares, a diferença sobre Mikel Landa era de 35 segundos e a quase um minuto estava Richard Carapaz e Enric Mas, enquanto Ben O´Connor viveu um autêntico calvário nos últimos 4 km, perdendo boa parte da vantagem que tem sobre o esloveno. Como ainda falta muita montanha e o contrarrelógio final em Madrid, as hipóteses de Roglic "roubar" a camisola vermelha ao australiano são plausíveis. Roglic já só tem uma desvantagem de 1m21 sobre O´Connor e na forma em que está, só uma queda ou doença o poderão demover. Esta vai ser uma das batalhas mais épicas dos últimos anos na Vuelta.
O terceiro na classificação geral continua a ser o espanhol Enric Mas que hoje perdeu quase todas as esperanças de vestir a camisola vermelha. Também sofreu muito, sobretudo depois do ataque de Roglic, mas está a 3m01 de O´Connor... O quarto é Richard Carapaz, a 3m13 e o quinto Mikel Landa, a 3m20. A luta pelo pódio está ao rubro e tudo pode acontecer nos próximos dias.
Em todo o caso, esta 13ª etapa (entre Lugo e Puerto de Ancares, com 175,6 km) decorreu como tem sido hábito: por um lado houve uma fuga e por outro, a luta pela geral no grupo dos favoritos. Enquanto lá atrás, os favoritos esperavam pelo momento certo para atacar, Michael Woods (Israel-Premier Tech), um dos melhores trepadores puros do pelotão, foi o mais forte da fuga e conseguiu no alto de Ancares a sua terceira vitória na prova espanhola.
O campeão nacional do Canadá, de 37 anos, foi o mais forte do grupo de 24 ciclistas que originou a fuga do dia e que chegou a ter uma vantagem de 17 minutos sobre o pelotão. Aos poucos, o grupo foi perdendo unidades, com Wout van Aert e Marc Soler especialmente ativos, até que o grupo ficou reduzido a sete elementos.
Uma queda que envolveu Jay Vine e Brandon McNulty (ambos da UAE Emirates) nas primeiras curvas da descida de Puerto de Llumeras deixou de fora um dos melhores trepadores desse grupo, por isso só começaram a subida final Van Aert (Visma-Lease a Bike), Marc Soler (UAE Emirates), Mauro Schmid (Jayco AIUIa), Sam Oomen (Lidl-Trek) e Michael Woods (Israel-Premier Tech).
O suíço Mauro Schmid foi o primeiro a mudar de ritmo nas rampas mais duras, quando faltavam 5 km para a meta, mas Michael Woods fez valer o seu estatuto de grande trepador para seguir isolado e foi ganhando vantagem, assegurando a sua segunda vitória da temporada e a terceira na Vuelta. Ao mesmo tempo, lá atrás, no grupo dos favoritos, a Red Bull-BORA-hansgrohe começou a filtrar quem seguia, primeiro com Roger Adriá e depois com Daniel Felipe Martínez a imporem um ritmo muito elevado que deixou o camisola vermelha sem capacidade de aguentar o andamento. Foi nessa altura que Roglic, vendo o sofrimento do australiano, fez um ataque.
No início, Enric Mas e Sepp Kuss aguentaram na roda de Roglic, mas o esloveno voltou a mudar de velocidade e ambos ficaram para trás.
Neste sábado disputa-se a 14ª etapa entre Villafranco del Bierzo e Villablino (200,4 km), a mais longa da Vuelta 2024. Será uma jornada de média montanha com duas subidas pontuáveis, Puerto de Cerredo (uma subida a meio do percurso, de terceira categoria, com 7 km a 4,6% de pendente média) e Puerto de Leitariegos (uma subida sem grandes dificuldades, com uma pendente média de 4,5%), mas com 23 km que podem fazer estragos, sobretudo nos ciclistas mais desgastados. O alto desta subida está a 15 km da meta.
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