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RockShox apresenta mais novidades na sua gama de suspensões

Depois de termos apresentado em exclusivo nacional as principais novidades da RockShox, sobretudo na gama alta, agora chegou a vez de mostramos as gamas de entrada e também a gama média.

HÉCTOR RUIZ. FOTOS CÉSAR CABRERA/ROCKSHOX

5 minutos

RockShox apresenta mais novidades na sua gama de suspensões

2024 está a ser um ano cheio de novidades na RockShox. A primeira foi uma autêntica bomba: a expansão das suspensões eletrónicas automáticas Flight Attendant ao segmento de XC. Agora, mostramos-te as novidades na gama média e as grandes protagonistas são a nova Psylo e a Domain, ambas englobadas na coleção 2025. Estamos a falar, obviamente, de suspensões com cursos intermédios e longos, ou seja, de 130 a 180 mm.  

PSYLO

Há cerca de 20 anos, a RockShox apresentou um modelo que se converteu num ícone do BTT no segmento que hoje em dia abrange desde o Down Country até ao All Mountain. Referimo-nos, obviamente, à Psylo (certamente leste artigos sobre ela na revista BIKE), e uma das tecnologias que incluía era o famoso U-Turn, um sistema de alteração do curso. 

A marca ressuscitou a Psylo, mas a nova versão tem características distintas. Agora, tem pernas com 35 mm e o seu curso vai dos 130 aos 160 mm, portanto pretende substituir as três gamas já existentes neste segmento: Revelation, Yari e 35. 

A Psylo estará disponível em três versões: a Gold, de gama alta, com sistema hidráulico Isolator RC e câmara de ar DebonAir; a Silver RC, com sistema hidráulico Motion Control e câmara SoloAir; e a Silver Air, com Motion Control e funcionamento com mola. Tanto a Silver R como a Silver RC estarão montadas de origem em muitas bicicletas das coleções 2025 e não poderão ser compradas em separado. Quanto à única vendida ao público, a Psylo Gold, custa 645€. 

DOMAIN

Esta suspensão não é nenhuma novidade no catálogo da marca. De facto, esta suspensão, que de certa forma podemos considerar que é como uma ZEB de Enduro mais barata, tem um chassis com barras de 38 mm de diâmetro e estará disponível com cursos que vão dos 150 aos 180 mm. Neste caso, não chega aos 190 mm, como acontece na ZEB. 

Existem dois níveis: a Gold RC tem sistema hidráulico Isolator RC e câmara de ar Debon Air, enquanto a Gold R tem Motion Control e câmara Solo Air (este modelo só estará disponível em montagens OEM). A Domain Gold custa 695€. 

Tanto a Psylo como a Domian nas versões Gold, como esta que testámos, têm a mesma tecnologia em termos de câmara de ar e partilham os mesmos cartuchos hidráulicos. 

CARTUCHO HIDRÁULICO

Uma das principais novidades que encontramos nestas duas suspensões - que anteriormente não estavam no catálogo - é o novo cartucho hidráulico Isolator RC. Trata-se de um sistema de amortecimento mais sensível e consistente, que utiliza um novo piston flutuante, o IFP. Nesta imagem é possível ver o interior do piston, bem como as aberturas que regulam a velocidade de passagem do óleo. Este cartucho é maior e leva mais quantidade de óleo, traduzindo-se em maior estabilidade e consistência, sobretudo em descidas longas e exigentes. 

Este cartucho tem uma regulação de compressão habitual de três posições, com uma intermédia que trava bastante o afundamento e é ideal para trilhos poucos técnicos e mais estáveis ou eventualmente para subidas. A última posição quase que bloqueia o sistema, embora permita algum movimento da suspensão. 

Na parte inferior, está localizado um novo piston de recuperação com duplo circuito de óleo. Um deles, o que deixa circular o óleo mais livremente, está sempre ativo e permite que a suspensão se comporte de uma forma mais ativa e tenha uma reação melhor no terreno, mas quando circulamos em zonas muito técnicas e degradadas, o óleo circula no segundo circuito, para que o retorno seja otimizado, ajudando a evitar perdas de aderência ou controlo da roda dianteira. Esta recuperação conta com uma regulação de velocidade com 16 posições no total. 

Tanto as Domain como as Psylo Gold trazem de origem a câmara de ar Debon Air, uma versão um pouco mais barata da Debon Air + que os modelos topo de gama usam. Embora mecanicamente e estruturalmente não sejam iguais, o objetivo é o mesmo: proporcionar um funcionamento com mais apoio, sobretudo no curso intermédio. 

Como é habitual, podemos regular a progressividade através dos conhecidos tokens, que basicamente são uns redutores de volume do ar interno. 

A nível estrutural, ambas têm uma união entre a ponte e as pernas bastante reforçada e robusta. Aliás, na coroa superior também se nota essa robustez na união com o tubo de direção. Como estas duas são compatíveis com eBikes, faz todo o sentido. Nas ponteiras, notámos que a RockShox não usa os encaixes para os Torque Caps (ou seja, as tampas sobredimensionadas para os cubos que a SRAM tanto defendeu) e em vez disso usa um sistema standard, portanto já não temos de andar a fazer "equilibrismo" com a roda até o eixo passante encaixar. 

Internamente possui casquilhos de fricção novos que a marca simplesmente chama de premium e quanto ao óleo usado, é o Maxima Plus (de baixa fricção), tanto no interior dos cartuchos hidráulicos como na lubrificação das baínhas.

JÁ TESTÁMOS A DOMAIN GOLD

Estamos perante uma suspensão de gama média, mas que se comporta como uma de gama alta. É muito suave e sensível, algo raro de encontrar em modelos de gama média. Além disso, apreciámos bastante o apoio proporcionado pela câmara de ar na zona intermédia do curso, inclusivé quando a montámos numa bicicleta elétrica. 

Não proporciona aquela sensação de afundamento excessivo quando enfrentamos descidas muito técnicas e verticais, ou quando temos de travar bastante e no cômputo geral isto transmite mais confiança e segurança. Em regra, as suspensões de gama média distanciam-se das de gama alta no capítulo do afundamento sob pressão e com esta Domain esse distanciamento pura e simplesmente já não é percetível. Como curiosidade, trabalha com pressões bastante mais baixas. Por exemplo, peso 70 kg (já completamente equipado) e no meu caso bastam 45-50 psi (com dois tokens dentro da suspensão) para encontrar um bom equilíbrio. 

Outra coisa que se nota muito é o funcionamento do modo Pedal, o qual cumpre perfeitamente o seu papel. A suspensão adota um comportamento bastante equilibrado, sem oscilar involuntariamente e mesmo quando pedalamos em pé, não se afunda. O botão de regulação tem um tato preciso e funcional, embora preferíssemos um toque um pouco mais firme ou metálico, como encontramos em outras suspensões de gamas superiores. 

Como não podia deixar de ser, a rigidez e a solidez de todo o conjunto também é assinalável e neste aspeto não encontramos pontos débeis. A suspensão que testámos acusou 2,55 kg (com o tubo da direção sem cortar e com um token no seu interior) nesta versão com 170 mm. Esta disponível em versão para rodas 29" e 27,5", ambas com um offset de 44 mm. 

 

Em suma, estamos perante uma suspensão com um comportamento verdadeiramente competitivo, embora esteja enquadrada na gama média, e que, tal como as Psylo, estará montada em muitas bicicletas de curso médio e longo dos catálogos 2025 de inúmeras marcas, especialmente nas elétricas Full Power no caso da Domain e num leque maior de bicicletas no caso das Psylo. 

Poderás obter mais informações em www.sram.com

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