A nova realidade no segmento da mobilidade elétrica tem gerado debate internacional e têm sido adotadas várias medidas para corrigir assimetrias e "dores de crescimento" devido ao crescimento de modelos de negócio e de mobilidade que andaram durante anos desregulados.
O crescimento de plataformas de mobilidade, com a consequente expansão da utilização de trotinetes, bicicletas, motociclos, segways e hoverboards - todos eles elétricos - tem pontos positivos, mas também negativos.
Surgiram acidentes, alguns com mais gravidade do que outros e devido à ausência de legislação própria e enquadramento, foi necessário agilizar a nível europeu leis e recomendações que estão agora a ser implemantados pelos Estados Membros, incluindo Portugal.
Mesmo a nível de seguros, há poucas entidades a apostar nesta área, quer por falta de regulamentação efetiva, quer por ausência de uniformidade europeia. Agora, esse aspeto está a mudar e finalmente os Estados Membros estão a convergir.
Ao contrário do que tem sido divulgado. sobretudo através de vídeos e cartazes, nem todas as bicicletas elétricas estão abrangidas pela obrigatoriedade de seguro, ou melhor: praticamente nenhuma. Só aquelas que têm acelerador - ou seja, aquelas em que não precisamos de pedalar para se deslocarem - estão abrangidas.
Isto significa que mais de 95% das ebikes vendidas em Portugal não precisam de seguro, embora seja uma mais valia.
Obviamente se a tua bicicleta for uma ebike tradicional (limitada a 25 km/h, com sistema de apoio à pedalada), mas tiveres alterado o sistema, adicionando um acelerador e ludibriado o limitador de velocidade (para ultrapassar os 25 km/h de assistência máxima), a tua bicicleta não se enquadra no perfil normal e, além de estar ilegal, o mais provável é que, em caso de precisares de atuar o teu seguro, seja recusado.