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Regras e dicas para transportar bicicletas no automóvel

Há muita desinformação na internet, por isso preparámos este artigo que explica detalhadamente como é que podes transportar a tua bicicleta legalmente no nosso país.

Regras e dicas para transportar bicicletas no automóvel
Regras e dicas para transportar bicicletas no automóvel

Existem várias formas de transportar a bicicleta no automóvel, umas mais práticas - e caras - do que outras. Obviamente, transportar a bicicleta dentro do automóvel é o método mais económico, mas requer espaço dentro da viatura e eventualmente retirar uma ou as duas rodas.

O maior inconveniente é a possibilidade de sujares o interior do veículo, excepto se usares um lençol velho ou uma manta e diminuires a possibilidade de transportares mais passageiros. 

Se optares por comprar um suporte de bagageira (dos que se apoiam no vidro da bagageira ou na parte metalizada), deves ter em conta que nem o suporte nem a bicicleta podem prejudicar a visibilidade na parte traseira, não podem tapar a matrícula nem as luzes, incluindo piscas. Para além disso, o comprimento não pode ultrapassar os 0.45 metros para a retaguarda do veículo. Obviamente, a bicicleta não pode ultrapassar a largura dos espelhos laterais e esse é um dos principais motivos de aplicação de multa. Para poder ultrapassar este limite lateral é necessário pedir uma autorização especial renovável anualmente. Este ponto é muito importante e antes de comprar um suporte destes deves certificar de que cumpre todos os requisitos e que está devidamente homologado. Existe outro pormenor importante que é a carga máxima transportável. Deves confirmar qual o limite de peso permitido, pois caso excedas esse limite corres o risco de as correias não aguentarem o peso. Transportar uma ou duas bicicletas neste tipo de suportes é perfeitamente exequível, mas mais do que isso não aconselhamos, pois corres o risco de pressionar em excesso a bagageira. 

Os suportes de tejadilho são os mais vendidos em Portugal. Existem várias marcas à venda e sistemas distintos, incluindo o prático sistema de ventosas, contudo antes de comprares deves analisar bem qual a finalidade e com que frequência vais usar este sistema. Os sistemas fixos fazem o veículo consumir mais pois prejudicam a aerodinâmica geral e alguns (sobretudo os mais baratos) provocam ruídos parasitas. O sistema de ventosas tem a particularidade de poderes montar e desmontar quando quiseres em segundos, mas não podem ser trancados, portanto convém estar sempre perto da viatura. Os de tejadilho - sobretudo os melhores - têm um trinco com uma chave, proporcionando mais segurança. Em todo o caso, nunca deixes uma bicicleta em cima da viatura muito tempo, dado que os "amigos do alheio" arranjam sempre forma de roubar o que não é deles!

Estes suportes de tejadilho permitem transportar bicicletas completamente montadas e alguns exigem retirar a roda dianteira. Um dos principais inconvenientes é a exigência física, pois quem é mais baixo terá dificuldades a aceder ao topo da viatura e fazer os ajustes necessários. Para além disso, quem sofre de problemas lombares pode não apreciar muito este método devido à carga transportável. Há ainda um terceiro problema: entrada em garagens ou locais com tetos baixos. Nós próprios já danificámos uma bicicleta quando nos esquecemos que a transportávamos e entrámos num parque de estacionamento exterior com um sistema de grelhas de proteção contra a chuva e o sol. 

Em termos legais, não pode ultrapassar os limites do veículo em termos de largura, em termos de altura não pode exceder os 4 metros e ao nível do comprimento não pode exceder 0,55m para a frente e 0,45m para trás.

O método mais caro, mas um dos mais eficazes (a nível de consumo do automóvel, menos problemas lombares, facilidade em montar e desmontar o sistema, simplicidade de colocação da(s) bicicleta(s) no suporte) é o suporte traseiro de bola de reboque. É o sistema mais usado tanto na Europa como nos Estados Unidos da América. Existem vários modelos disponíveis e convém escolher um que cumpra as normativas. Em Portugal este sistema é chamado "unidade técnica de extensão de carga" e, segundo a lei, não pode ultrapassar 1 metro (retaguarda) além do ponto extremo do reboque, deve ter homologação europeia (confirma se tem o selo), deve ter a matrícula, todas as luzes e sinalética (incluindo marcha atrás, piscas, etc) e a bola de reboque tem de estar averbada no Documento Único. Mas há mais pormenores...

Para além deste averbamento, a bola de reboque tem de ser removível e e tem de estar homologada indicando a carga suspensa suportável. Se não cumprir estas regras, não está conforme a lei. Durante algum tempo, sobretudo após ter sido decretada a lei, as autoridades não multavam apostando numa ação mais pedagógica, contudo é provável que agora comecem a multar quem não cumpre as regras.

Quanto ao transporte de bicicletas neste tipo de suportes de bola de reboque (que, na nossa opinião, são a melhor opção para o transporte de bicicletas elétricas devido ao seu peso), não podem exceder a largura do automóvel (incluindo os espelhos). Caso exceda, pede uma autorização especial (no IMT) e transporta sempre contigo esta declaração, caso sejas mandado parar pelas autoridades. O teu seguro deve incluir na apólice um atrelado abaixo dos 400 kg, por isso, trata já deste pormenor, se é que ainda não o fizeste.

Há várias portarias e particularidades e lamentamos a legislação não ser uniformizada em toda a União Europeia (o que facilitaria a vida a todos), por isso sugerimos-te que penses em todas as opções disponíveis, valorizes a frequência de utilização do suporte e a partir daí definas um orçamento. 

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