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TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

Já testámos os novos sapatos Ares da Specialized, um modelo que se destaca pelo seu conceito de aperto diferenciado, com uma meia elástica para maior apoio.

TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares
TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

Depois de termos testado (e adorado) os Exos, chegou a vez dos novos Ares. Trata-se de um sapato diferente, com um sistema de aperto distinto e com uma meia elástica que visa, essencialmente, manter o pé numa posição estática em qualquer situação enquanto pedalamos, sobretudo em sprints ou acelerações. Se, durante as voltas com os teus amigos, gostas de os picar, acelerando na subida mais dura da volta, estes sapatos também são para ti.

TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

 

Se até agora os ciclistas profissionais usavam um método antes de sprintar - dando mais aperto, para o pé ficar imóvel dentro do sapato - agora, a meia elástica (que também faz de lingueta) evita esse processo.

Este modelo adota materiais nobres e de alta gama, como a parte superior em Dyneema e a sola em fibra de carbono Fact Powerline. O par pesa 557g no tamanho 45, um valor superior ao dos superleves Exos (348g o par). Mas destinam-se a ciclistas diferentes. Se os watts de potência definem quem tu és e se te defines como super competitivo, estes podem ser ideais para ti.

TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

 

Calçar estes sapatos não é propriamente fácil no início, sobretudo para quem tem os pés grandes - como é o meu caso - pois apesar de a meia ser elástica, para que a sua função (e resistência) não fique comprometida, a mesma estica até um certo ponto. Isso significa que é necessário ir encaixando o pé e virando espaçadamente até o pé entrar na totalidade. Mas uma vez calçado, parece que o nosso pé e o sapato são um só, tal é a envolvência e o conforto.

Descalçar é muito mais fácil e intuitivo. Já o seu sistema de aperto tem um mecanismo novo. De modo a permitir um melhor acesso à meia (quando calçamos o sapato), a marca teve de criar uma aba dividida em duas meias luas. Depois de calçar o sapato, basta colocar a meia lua interna debaixo da externa e usar o botão BOA para um ajuste milimétrico. Para além deste aperto BOA, junto aos dedos do pé existe outro aperto BOA com cordão independente, para um ajuste personalizado. O cordão do BOA superior é longo o suficiente para permitir uma abertura eficaz (para descalçar), ao contrário de outras ofertas no mercado.

TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

 

A posição dos apertos BOA é a ideal (quando apertados), pois nem estão situados em zonas com muitas terminações nervosas, nem em zonas de pressão. Além disso, em caso de queda ou pancada, estão mais resguardados. Para além da zona mais central dos apertos BOA, destacamos o duplo efeito da meia, que evita pontos de pressão que possam magoar o pé, mesmo quando pedalamos mais energicamente.

Quanto ao tecido dos sapatos, para além do Dyneema, os Ares possuem material sintético e TPU. A parte superior é micro-perfurada em toda a sua envolvência, e apesar de não serem tão frescos como os Specialized Vent, não notámos um sobreaquecimento excessivo. Ao nível do conforto são soberbos, com uma biqueira espaçosa, uma zona do calcanhar almofadada e um design ergonómico fruto das tecnologias Body Geometry.

TESTE: sapatos Specialized S-Works Ares

 

São confortáveis e, ao mesmo tempo, muito rígidos, sobretudo devido à sua sola em carbono Fact com um índice de rigidez máximo (15). Para além disso, a sola inclui fixações em titânio para as travessas com medições milimétricas.

Atrás, os Ares incluem uma proteção rígida que protege todo o calcanhar e parte do tendão de Aquiles. Tem essencialmente três funções: servir de apoio estrutural à meia, proteger a parte traseira do pé em caso de acidente (atropelamento) e ser mais fácil de limpar caso entre em contato com a corrente.

A parte frontal também inclui uma proteção em borracha (ao contrário, por exemplo, dos Exos), o que aumenta a vida útil destes sapatos e protege, por exemplo, quando tocamos com o sapato na roda.

Os acabamentos são de muito boa qualidade, como seria de esperar num produto com o selo S-Works.

No cômputo geral, se procuras uns sapatos que aguentem as agruras dos sprints ou acelerações repentinas e queres manter o pé mais estático do que nuns sapatos standard, estes poderão ser ideais para ti. São muito confortáveis depois de calçados, fáceis de limpar, têm proteções adicionais (sobretudo no calcanhar e biqueira) e já estão a ser utilizados no World Tour.

Estão à venda em preto, branco, vermelho e na decoração Team do tamanho 38 ao 48. Custam 419,90 euros e poderás saber mais clicando aqui.

O melhor: Conforto. Apoio proporcionado. Rigidez. Inclui saco de transporte.

A melhorar: Calçar não é fácil, requer habituação. Preço elevado.

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