Comparando com os Eagle F1 “normais”, estes F1 SS garantem um pouco mais de aderência, são mais leves e rolam melhor, mas têm um pouco menos de resistência aos furos. Mas quanto a isso podes ficar descansado. Desde Março que andamos com eles e ainda não furámos. Inclusive, por mais que uma vez, tivemos de rolar em estradões de terra, às vezes com pedra, e até hoje zero incidentes nesse aspeto!

Nos materiais e tecnologias empregues, há vários aspetos a destacar. Para conseguir proteção contra furos e cortes num pneu leve como este, a marca usa uma tela de nylon anti-furo que cobre todo o pneu, de flanco a flanco, e não apenas a banda de rodagem que normalmente está em contato com o solo.

Um composto que mistura borrachas naturais e sintéticas com Grafeno e Silica, confere mais aderência e menor resistência ao rolamento, quando comparado com os Eagle F1 standard. Para quem quiser analisar números, pode ir ao site da marca onde estão resultados de testes efetuados por laboratórios independentes.
E sem perder mais tempo, vamos diretos ao que interessa: o comportamento. Quanto à aderência, desde o primeiro momento que foi notória. Em curva e em travagens estes F1 colam-se à estrada como poucos. O único pneu que recordo dar a mesma confiança foi o Continental GP5000, ainda que em piso molhado estes Goodyear estejam um “furinho” acima dos Continental em aderência. Aliás, lado a lado, estes F1 e os GP5000 oferecem sensações praticamente iguais. A diferença entre ambos acaba mais por ser nos números, com os Continental a terem uma carcassa um pouco mais densa, com 2 telas de 110TPI sobrepostas contra uma tela de 150TPI dos Eagle. Curiosamente, esta densidade extra acaba por não penalizar os GP5000 que na nossa balança acusaram apenas 4g a mais que estes Eagle.

Outro número onde existem algumas diferenças é no preço. Originalmente quando foram lançados os GP5000 eram substancialmente mais caros. No entanto, sendo um pneu que está há mais tempo no mercado, consegue-se agora encontrar abaixo destes Eagle F1. E quando se trata de comprar um par, as diferenças duplicam. Portanto ainda é um aspeto a considerar.

Voltando à componente dinâmica, a aderência de que falávamos também se traduz em conforto. Os F1 têm um rolar muito suave e silencioso e mesmo com pressões de 80-85 PSI (o ciclista pesa 80kg), filtram bem a rugosidade de alguns asfaltos. O conforto pode ser aumentado reduzindo a pressão, até porque 85 PSI é o máximo recomendado para esta medida 700x28, e cheguei a rolar com 65 PSI sem qualquer problema de excesso de adorno ou imprecisão na direção. Nota-se obviamente um pouco nas acelerações, mas para quem pretenda reduzir a pressão para aquelas voltas onde o piso é no geral mais deteriorado, não deixam de apresentar um bom compromisso.
A instalação não foi complicada, mas foi preciso um compressor para conseguir vedar e encaixar nos aros. Rolaram sempre como tubeless com líquido selante e sem nenhum furo a registar. Aguentam bem a pressão e só a cada 15 dias é que precisava de adicionar alguns PSI.

Em suma, estes SuperSport são uma alternativa válida aos GP5000, compartindo com eles muitas das características e feeling de pilotagem. É um pneu completo e que pontua quase o máximo em todos os campos (aderência, rolamento, conforto, peso), sendo por isso um pneu que podes comprar à confiança e com a probabilidade de nunca mais quereres outros. As diferenças entre estes F1 e os GP5000 são mínimas e nem todos irão notar. Diria que em caso de dúvida, ficam bem servidos com ambos, tendo depois a disponibilidade e o preço a tarefa de desempatar.
FICHA TÉCNICA:
- Opções: 700x25, 28 ou 30 em tubeless e 25 e 28 para câmara de ar.
- Cores: Preto ou preto com flancos acastanhados
- Peso: 270g em 700x28
- Preço: 65 euros
- Importador: CDC Sport (https://www.cdc-sport.com/)
- Site: www.goodyearbike.com