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"Se a Movistar descer para a segunda divisão será dramático para Espanha"

A possibilidade de a Movistar Team descer para a segunda divisão do ciclismo mundial - UCI ProTeam - é real e o Presidente da União Ciclista Internacional, David Lappartient, explicou que seria uma péssima notícia para o ciclismo espanhol.

AGÊNCIA EFE| FOTO: SPRINT CYCLING AGENCY E MOVISTAR TEAM

Se a Movistar descer para a segunda divisão será dramático para Espanha
Se a Movistar descer para a segunda divisão será dramático para Espanha

O Presidente da União Ciclista Internacional (UCI), o francês David Lappartient, considera que a saída de Alejandro Valverde "deixará um enorme vazio no ciclismo espanhol e na Movistar" e acredita que seria "dramático" que a única equipa espanhola no World Tour descesse para a segunda divisão. 

"Espero que a Movistar não desça, sería dramático para Espanha. O resultado dos rankings finais vai ser muito apertado pois há sete equipas em disputa, Mas acho que o Valverde ainda vai conseguir somar pontos que permitam salvar a equipa", disse Lappartient numa entrevista à Agência EFE. 

O responsável máximo da UCI assegurou que a Movistar "tem que começar a pensar no futuro", porque "a equipa foi feita em redor de Valverde" e "quando ele abandonar será um vazio enorme" tanto na equipa como no ciclismo espanhol. 

"É um corredor extraordinário, está sempre na luta de Fevereiro até Outubro. Nunca vai a uma prova para preparar a seguinte, vai sempre com o intuito de ganhar. Outros, passam a temporada a preparar-se. Gosto desta mentalidade de guerreiro. Tem o foco, as pernas e a cabeça... no fundo tem tudo", assegurou Lappartient. 

Lappartient elogiou Valverde num momento crasso para os ciclistas jovens. O surgimento de uma nova geração de ciclistas de tenra idade como Pogacar, Evenepoel, João Almeida, Van der Poel, Vingegaard, entre outros, está a transformar o ciclismo, mas o Presidente da UCI fez questão de salientar que há "uma geração que ainda luta". E reconheceu que "o ciclismo espanhol não atravessa uma boa fase", mas atribuiu este problema a "um efeito do tipo pêndulo"

"Houve uma geração dourada e o nível médio agora é menos forte. Não tenho informação suficiente para dizer se é um problema estrutural, pois não conheço assim tão bem o ciclismo amador em Espanha. Mas já percebemos que não está a acontecer a renovação que deveria existir", salientou. 

Além disso, referiu que o mesmo se está a passar em Itália e França, os países tradicionais do ciclismo. "Eles deixaram-se dormir", enquanto em países emergentes, como a Dinamarca, "fizeram um grande trabalho"

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