Antes de mais, convém saber um dado fundamental: treinas muito ou pouco? E quando é que está planeado o teu próximo treino? Isto é importante pois um treino de quatro horas exigente é muito diferente de um de duas horas a ritmo tranquilo. Além disso, se treinares dois dias seguidos, o método será diferente se treinares em dias alternados, pois nesse caso a recuperação é incomparável.
É importante destacar que a dose de proteína que a nossa dieta habitual contém é suficiente para conseguirmos uma boa recuperação depois dos treinos. E não será por consumir mais proteína que vamos recuperar mais ou melhor. Há estudos que indicam que a dieta mediterrânica (que basicamente é aquela que a maioria das pessoas adota em Portugal) é alta em proteína, portanto não é necessário ingerir suplementos. Além disso, também ficou demonstrado que as refeições tradicionais proporcionam as mesmas taxas de recuperação que os suplementos, pelo que não é necessário recorrer a preparados especiais como batidos.
A proteína contida num copo de leite, num ovo, num peixe é igual ou melhor que aquela que podemos encontrar numa barra energética. Ou seja, só devemos ingerir alguma proteína extra (em pouca quantidade) se fizermos um treino muito intenso e/ou se durante vários dias seguidos submetermos o nosso corpo a um grande desgaste. Nesses casos, na hora posterior ao treino, além de hidratos de carbono podemos incluir algum alimento que inclua proteínas como o leite, o ovo ou a carne. Cereais com leite, uma sanduíche de queijo fresco ou atum são opções válidas. Em situações muito pontuais, caso não consigamos ter acesso a comida normal (fast food não é de todo recomendável) podemos recorrer a batidos recuperadores que combinem hidratos de carbono com proteínas.