Ao longo da noite, foram entregues vários prémios que simbolizam os valores da Federação e o contributo de diferentes gerações para a afirmação do ciclismo em Portugal, numa cerimónia que reuniu representantes institucionais, atletas, dirigentes, associações regionais, clubes e parceiros da modalidade.
O Prémio Excelência, distinção máxima atribuída pela Federação Portuguesa de Ciclismo, foi entregue a Artur Lopes, figura incontornável da estruturação e consolidação institucional da FPC, e ao Professor Eduardo Marçal Grilo, pelo seu contributo ímpar para a valorização do desporto e do ciclismo enquanto instrumento de formação, pensamento estratégico e desenvolvimento social.
O Prémio Carreira distinguiu percursos desportivos e profissionais de referência: O galardão foi atribuído a José Poeira, histórico selecionador nacional de ciclismo; José Marques, pelo contributo transversal enquanto atleta, técnico e dirigente; Rui Costa, campeão do mundo de fundo e uma das maiores figuras do ciclismo português; Sérgio Paulinho, medalhado olímpico e vencedor de etapas nas Grandes Voltas; e Tiago Ferreira, campeão do mundo de XCM.
O Prémio Dedicação reconheceu o apoio continuado e determinante ao ciclismo português, distinguindo Álvaro Santos Silva (Sicasal); Luís Almeida (LA Alumínios); Américo Duarte (EFAPEL); Fernando Emílio, a título póstumo, pelo seu contributo no jornalismo desportivo; RTP – Rádio e Televisão de Portugal, pelo papel fundamental na divulgação da modalidade; Câmara Municipal de Paredes, município sempre de portas abertas para o ciclismo e Câmara Municipal de Tavira, autarquia que acolhe a equipa mais antiga do pelotão mundial.
O Prémio Alto Prestígio distinguiu atletas que representam o presente e o futuro do ciclismo português ao mais alto nível. Os prémios desta categoria foram atribuídos a Iúri Leitão, campeão olímpico e referência internacional da pista; Rui Oliveira, campeão olímpico e exemplo de consistência e excelência e André Soares, medalhado olímpico no ciclismo para surdos.
O Prémio Prestígio foi atribuído a Maria Teresa Cardoso, ex-Presidente da Câmara Municipal de Anadia, pelo papel determinante na afirmação do concelho como centro nevrálgico do ciclismo nacional e pela estreita ligação institucional à Federação Portuguesa de Ciclismo.
No encerramento da Gala, o presidente da FPC, Cândido Barbosa, sublinhou o significado profundo destas distinções.
“Esta Gala é, acima de tudo, uma homenagem a todos quantos fizeram o ciclismo português ao longo de 125 anos. Nada do que hoje celebramos teria sido possível sem a persistência, o trabalho e a paixão de gerações inteiras que nunca desistiram da modalidade, mesmo nos momentos mais difíceis. Podemos nem sempre ter chegado onde queríamos com a rapidez que desejávamos, mas chegámos aqui. E chegámos juntos. O ciclismo ensina-nos isso mesmo: resistir, insistir e continuar a pedalar, mesmo quando o caminho é duro. A nossa promessa é clara: este caminho continuará a ser feito, com coragem, com verdade e com a mesma paixão que sempre nos trouxe até aqui. Haverá dificuldades, como sempre houve, mas ninguém nos vai parar”.
A Gala dos 125 Anos da Federação Portuguesa de Ciclismo marcou, assim, um momento simbólico de celebração do passado, valorização do presente e afirmação do futuro de uma modalidade profundamente enraizada na história desportiva nacional.








