O novo dirigente começou por agradecer o trabalho dos dois últimos presidentes. “O meu profundo e sincero agradecimento ao meu antecessor, Delmino Pereira, por estes 12 anos de serviço e dedicação à frente dos destinos da nossa Federação. Um cumprimento especial ao Dr. Artur Moreira Lopes pelo seu exemplo de elevação e isenção na condução dos trabalhos da Assembleia Geral, mas em particular pelo seu amor e compromisso com a modalidade”, disse.
Cândido Barbosa destacou o passado, mas focou-se no futuro. “Honraremos o legado do passado sempre de olhos postos no futuro”, assegurou. Para o imediato prometeu trabalho. “Vamos arregaçar as mangas e trabalhar com todas as nossas forças e energias em prol do ciclismo português. Sabemos que há um longo caminho a percorrer, que temos muitos desafios pela frente, que há dificuldades a ultrapassar no curto e médio prazo. Mas também sabemos das múltiplas oportunidades que podemos agarrar e das imensas potencialidades que devemos explorar para elevar o patamar de desenvolvimento e reconhecimento do ciclismo português”, sublinhou.
O novo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo deu pistas sobre o estilo que pretende imprimir: “Passaremos mais tempo no terreno do que nos gabinetes ou nas salas de reuniões”. Será esse o método para aplicar o que foi prometido durante a campanha eleitoral: “Mais do que discursos de circunstância ou de ocasião, o que prometemos, perante todos vós, é que já a partir de hoje vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para cumprir com todos os compromissos assumidos no nosso manifesto eleitoral”.
PROMESSAS ELEITORAIS DE CÂNDIDO BARBOSA:
- Queremos que o ciclismo seja uma modalidade desportiva atrativa, credível, diversa, inclusiva e geradora de oportunidades em termos regionais, nacionais e internacionais;
- Queremos um ciclismo moderno, adaptado e atento aos novos tempos, aberto e com uma ligação estreia à comunidade, nomeadamente, através o estabelecimento de parcerias públicas e privadas;
- Queremos melhores condições de atratividade e acolhimento, investindo na formação e disponibilizando as ferramentas necessárias para os nossos atletas evoluírem na modalidade;
- Queremos dignificar e valorizar as carreiras dos nossos atletas, dirigentes desportivos e demais agentes desportivos. Estes são objetivos conciliáveis, realistas, mas, sobretudo, objetivos fundamentais para o futuro e a diversidade da nossa modalidade.
- Reforçar e atualizar o Código de Ética da UVP-FPC e promover um ambiente de respeito, fair-play e integridade na comunidade velocipédica;
- Criação do Conselho de Ética da Federação Portuguesa de Ciclismo, que contará com a participação do senhor Professor Doutor Marçal Grilo;
- Incentivar uma cultura de liderança e exemplo positivo, onde atletas, treinadores e dirigentes sejam modelos de comportamento ético e integridade desportiva;
- Adotar as boas práticas do Regime Jurídico de Contratação Pública para promover transparência em todas as atividades da Federação Portuguesa de Ciclismo;
- Estimular a criação de Academias de Ciclismo em parceria com as autarquias, clubes locais e outras entidades, proporcionando acompanhamento técnico na formação através de um modelo contínuo e duradouro;
- Criação de um gabinete de desenvolvimento que auxilie e acompanhe os processos de evolução da formação desportiva e preste apoio em diversas áreas, com especial enfoque na fisiologia, nutrição, biomecânica e psicologia desportiva;
- Aposta na internacionalização, reforçando os apoios às equipas de formação para a sua participação em competições internacionais;
- Melhorar as atividades formativas da FPC, procurando elevar o nível de capacitação dos diversos agentes;
- Promover ações de formação no contexto do Quadro Nacional de Qualificações e equacionar a criação de referenciais de formação, reconhecidos pela ANQEP, para áreas profissionais relacionadas com o ciclismo;
- A FPC assumirá claramente a importância das Associações Regionais, chamando-as a participar nos processos de decisão;
- Criação de um Gabinete de Apoio às Associações Regionais (com o propósito de auxiliar o seu desempenho), disponibilização de ferramentas de apoio à gestão desportiva e, entre outros, auxílio na procura de soluções globais para dificuldades comuns;
- Contribuir para a melhoria da capacitação, rejuvenescimento e captação de dirigentes associativos;
- Defender e valorizar a Volta a Portugal como uma das provas mais importantes do ciclismo em Portugal;
- Analisar e equacionar as melhores soluções para o contrato de concessão da organização da Volta a Portugal em Bicicleta;
- Promover uma melhor identificação da comunidade velocipédica com a Volta a Portugal;
- Colaborar para a recuperação/revitalização da Caravana Publicitária;
- Revisão dos valores atribuídos aos comissários, melhoria das ações formativas e incentivo à concretização de carreiras nacionais e internacionais;
- Criação de um novo fardamento (acordo preferencial com marca nacional) para que todos os comissários possam ter uma imagem ainda mais uniforme;
- Melhorar os processos e ações de capacitação dos nossos comissários em todas as vertentes da modalidade;
- Considerar a especificidade da arbitragem de âmbito regional e criar condições que favoreçam a melhoria do desempenho;
- Criar condições que favoreçam a inclusão, garantindo igualdade de oportunidades a todos os praticantes e em todas as vertentes do ciclismo;
- Reavaliar os apoios ao ciclismo adaptado e adotar soluções que facilitem a iniciação na modalidade;
- Equacionar a realização das provas de Paraciclismo no contexto das competições para profissionais de forma a racionalizar os custos e proporcionar uma maior visibilidade ao ciclismo adaptado;
- Melhorar as ações de comunicação de modo a conferir mais visibilidade à modalidade e contribuir para uma imagem pública positiva do ciclismo;
- Conferir atenção e acompanhamento idênticos a todas as vertentes do ciclismo;
- Promover o Programa Cycling Portugal fora do País;
- Equacionar a criação de um canal temático dedicado ao Ciclismo, proporcionando mais retorno a todos os agentes da modalidade, incluindo parceiros e patrocinadores;
- Valorizar a memória e o património histórico do ciclismo português, tendo igualmente em atenção as comemorações do Centenário da Volta a Portugal em Bicicleta;
- Tolerância zero em relação ao doping;
- Assumir a luta contra a dopagem como um pilar fundamental e essencial para a preservação dos princípios e valores do desporto;
- Reforçar as ações de sensibilização sobre os perigos do doping, especialmente junto dos escalões de formação, mas também junto de todos os agentes desportivos, incluindo os Encarregados de Educação;
- Assegurar a continuidade do Protocolo com a ADOP e a manutenção do Passaporte Biológico em todo o pelotão profissional;
- Criação de um Conselho Consultivo da Federação Portuguesa de Ciclismo que, agregando as perspetivas e conhecimentos de personalidades de reconhecido mérito, prestará aconselhamento estratégico e regular à Direção;
- Reavaliação dos quadros e modelos competitivos;
- Criação de uma Comissão de Homologação de percursos não permanentes;
- Promover uma crescente presença de dirigentes nacionais em organismos internacionais;
- Criar condições de financiamento para o Centro de Alto Rendimento (CAR) para que este se constitua como o grande polo dinamizador e de desenvolvimento do ciclismo;
- Congregar apoios que permitam melhorar o trabalho desenvolvido pelas Seleções Nacionais e ampliar a oportunidade de mais jovens poderem participar nos trabalhos das Seleções, valorizando o seu potencial e esbatendo a pressão sobre os atletas em idade de formação;
- Melhorar os processos de planeamento e de participação nas Seleções e intensificar a cooperação com os clubes e treinadores;
- Incentivar o investimento em infraestruturas cicloviárias que garantam condições de segurança e efetivas circunstâncias de mobilidade;
- Realização de campanhas públicas para promover os benefícios do ciclismo para a saúde, o meio ambiente e a mobilidade urbana, incentivando mais pessoas a adotarem a bicicleta como meio de transporte;
- Sensibilização para a implementação de programas de incentivo financeiro, como subsídios para compra de bicicletas, tornando o ciclismo mais acessível e atrativo para todos;
- Apoiar e promover a instalação de estacionamentos seguros para bicicletas em locais estratégicos;
- Promover o uso da bicicleta no tecido empresarial, nas escolas, universidades e autarquias.







