A Emesports do ex-ciclista espanhol Ezequiel Mosquera - segundo classificado na Volta a Espanha de 2010 - foi a escolhida pela Federação Portuguesa de Ciclismo para a organização e logística da 52ª Volta ao Algarve, 43ª Volta ao Alentejo e 87ª Volta a Portugal em Bicicleta.
A Volta a Portugal do Futuro fica fora do acordo e será integralmente gerida pela Federação Portuguesa de Ciclismo. Esta decisão surge após a resolução antecipada do contrato entre a FPC e a Podium Events devido, segundo a entidade federativa, ao "incumprimento reiterado das suas obrigações financeiras".
Ressalvamos que o acordo anterior, ou seja, entre a Podium e a FPC, incluía apenas a Volta a Portugal, a Volta ao Alentejo e a Volta a Portugal do Futuro. Este acordo com a Emesports descarta a prova sub-23 e adiciona a Volta ao Algarve "numa sinergia organizativa e de facilidade de negociação com as equipas, sobretudo internacionais".
O acordo é válido por uma temporada (2026), e existe a possibilidade de prolongamento. Quanto ao historial da Emesport, gere mais de 150 eventos por ano em várias modalidades (corrida, caminhada, Granfondos, etc), incluindo algumas provas profissionais como O Gran Camiño, a prova de referência na Galiza.
A direção técnica das três provas vai ser agora assumida por Ezequiel Mosquera e está a ser criado um grupo de trabalho para gerir todos os departamentos.
"Queremos que a Volta a Portugal possa crescer e internacionalizar", referiu Cândido Barbosa, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo.
A entidade federativa pretende criar um novo dinamismo na Volta a Portugal, convidar equipas com mais estatuto, promover a prova a nível internacional e atrair mais fãs e patrocinadores.
"A Volta tem vindo a cair nos últimos anos. Queremos alavancar, reestruturar e torná-la mais apetecível", disse o dirigente.
Ezequiel Mosquera partilha da mesma opiniáo. O espanhol reconhece que a prova é um caso de sucesso em termos de share televisivo nacional, mas lamenta que a mesma seja desconhecida no estrangeiro.
"A Volta a Portugal é um evento popular e se calhar precisa de uma mudança de visão. A prova sempre esteve muito fechada e é desconhecida no estrangeiro.", referiu o espanhol.
Em declarações ao site www.mountainbikes.pt, Mosquera referiu que quando soube o share televisivo da Volta a Portugal ficou surpreendido. Além disso, salientou que o número de espetadores nos locais das etapas faz com que a prova seja um caso de sucesso que tem de ser melhor explorado e divulgado.
Também questionámos Cândido Barbosa sobre o litígio com a Podium Events e o mesmo foi peremptório.
"A nossa situação com a Podium está resolvida por nós. Houve uma rescisão objetiva. Não há como ter recurso."









