Numa conferência de imprensa virtual, Jai Hindley (vencedor da Volta a Itália deste ano), anunciou que, em princípio, estará na Volta a Espanha deste ano e que vencer a Volta a França está nos seus planos.
Após ter sido segundo na Volta a Itália de 2019 e de ter finalmente alcançado a vitória este ano, o australiano da BORA-hansgrohe acha que tem capacidade de vencer mais provas de grande nível, por isso tenciona lutar pela vitória numa das próximas edições da Volta a França, prova na qual nunca participou.
Quando lhe perguntaram se se sente capaz de vencer a Volta a França, Hindley foi direto: "Claro! Porque é que não posso sonhar com o Tour? Nunca digas nunca." Obviamente, a participação de Hindley não será na edição deste ano, dada a proximidade de datas com o Giro.
Em cinco temporadas como profissional, Jai Hindley disputou cinco grandes voltas, quatro edições do Giro (foi 35º em 2019, 2º em 2020, abandonou o ano passado e ganhou este ano) e uma edição da Vuelta, em 2018, quando se estreou numa grande volta. Nessa altura representava a Sunweb e acabou em 32º, a 1h21 do vencedor, Simon Yates.
"Agora um dos grandes objetivos é participar no Tour. Nunca lá estive e sería um grande passo em frente na minha carreira. Mesmo que não seja para disputar a geral, simplesmente participar já é algo de especial. Talvez no próximo ano consiga estrear-me nessa prova", confessou o ciclista. Quanto à sua vitória no Giro, referiu: "Ainda não consegui assimilar o que aconteceu, mas nas próximas semanas terei tempo para isso. Parece um sonho".
Hindley revelou que não via os seus pais há dois anos e que teve a oportunidade de os ver no passado domingo, tudo devido ao confinamento pelo Covid 19. Agora, vai tirar duas semanas de férias, permanecendo em Itália com a sua noiva, antes de iniciar a preparação para a Volta a Espanha que decorrerá no próximo mês de Agosto. Após a prova espanhola, pretende ir ao Mundial que este ano se realiza no seu país, na cidade de Wollongong, de 18 a 25 de Setembro.
"Adoraría ir ao Mundial, mas todos os ciclistas profissionais australianos querem ir. O percurso assenta-me que nem uma luva, dado que é muito duro, tem 280 km e com muito desnível. Sería fantástico ser selecionado, mas veremos se isso acontece. Em princípio vou à Vuelta e depois regresso à Australia, depois de quase três anos sem lá ir".