Gianni Moscon voltou a dar que falar pelos piores motivos... Durante a clássica belga Kuurne-Bruxelas-Kuurne, o italiano da Ineos atirou uma bicicleta contra outro ciclista, num ato de fúria que foi filmado pelo helicóptero da equipa de produção, tendo sido imediatamente desclassificado pelos comissários
O próprio Debusschere explicou à Cyclingnews como viveu o incidente: "Caí na sarjeta e fiquei estendido no chão. De repente, vi que alguém atirou uma bicicleta na minha direção... diretamente à cabeça. Nem sequer era a minha... Tive de levantar a mão para me proteger. Nessa altura podia ter respondido, pois estava cheio de adrenalina, mas dei conta de que o melhor a fazer era voltar a montar na minha bicicleta o mais rápido possível e regressar ao pelotão. Não há tempo a perder neste tipo de provas". Como resultado desta ação, Debusschere sofreu vários arranhões e um corte na mão direita. Mas podia ter sido pior. Após rever as imagens na televisão, os comissários decidiram desclassificar o italiano.
O lamentável espetáculo do italiano não terminou aí. Alguns quilómetros depois, um comissário da corrida informou-o de que estava desclassificado, tendo o ciclista reagido de modo agressivo, retirando os dorsais das costas e atirando-os ao chão.
UM LONGO HISTORIAL DE INCIDENTES
O que aconteceu na kuurne-Bruxelas-Kuurrne é apenas mais uma mancha na carreira do italiano, que inclui agressões a colegas de profissão e um episódio racista com Kevin Reza, ciclista francês da FDJ.
No final de abril de 2015, durante a terceira etapa do Tour da Romandia, o italiano proferiu insultos racistas contra Kevin Reza, algo que confirmou mais tarde o próprio ciclista italiano, que pediu desculpa. Devido a este incidente, a equipa britânica sancionou o ciclista com seis semanas sem competir.
Moscon envolveu-se num novo episódio polémico em outubro de 2017, quando o suíço Sebastien Reichenbach (Groupama-FDJ) o acusou de ter provocado uma queda na clássica italiana Tres Valles Varesinos. Reichenbach assegurou que o empurrão que Moscon lhe deu fez com que caísse, o que provocou fraturas no cotovelo e na anca. Além disso, salienta que esse empurrão foi intencional e era uma resposta à sua declaração como testemunha dos insultos racistas que dirigiu dois anos antes ao seu colega Kevin Reza. Contudo, o comité de disciplina da UCI arquivou o processo por não ter encontrado provas evidentes.
Apenas algumas semanas antes deste episódio, Moscon tinha sido desclassificado do Mundial de estrada disputado em Bergen (Noruega) dado que os comissários apanharam o ciclista agarrado durante bastantes metros ao carro da equipa italiana.
Mas há mais... Na Volta a França de 2018, nos quilómetros finais da 15ª etapa, Moscon agrediu com um murro na cara o corredor francês Elie Gesbert, da Fortuneo-Samsic. Os comissários consideraram tratar-se de uma "agressão particularmente grave", e expulsaram-no da prova.