Existem muitos ciclistas que após uma operação para debelar a hérnia discal conseguiram retomar a prática de ciclismo sem qualquer problema ou limitação. Por isso, se entretanto já foste operado, o primeiro passo a dar é ser otimista. Convém sempre perguntarmos ao nosso cirugião após as consultas de acompanhamento pós cirurgia a opinião dele (tudo dependerá de como correu a operação), mas também devemos perguntar ao nosso fisioterapeuta, encarregue de ajudar na reabilitação.
É normal perdermos um pouco de mobilidade articular depois da operação, mas isso não afetará a nossa posição em cima da bicicleta, nem impedirá que consigamos pedalar normalmente, sobretudo numa BTT, pois a posição de condução é mais erguida do que numa bicicleta de estrada.
Contudo, não precisamos sequer de alterar a altura da direção, pois por vezes é precisamente isso que provoca a temida dor lombar. O ideal é adotar um ângulo neutro (em termos de posição das costas), a rondar os 55 graus. Este ângulo é formado pelos ombros, costas e anca.
Quanto à bicicleta que devemos usar, o ideal é uma suspensão total, para evitar que a zona lombar receba a maior parte dos impactos, contudo isto depende do terreno por onde andarmos. Obviamente, se só pedalamos em ciclovias ou corta-fogos, uma rígida poderá ser suficiente.
Devemos começar por fazer voltas curtas em estrada ou em terrenos com piso compacto sem desníveis acentuados ou zonas difíceis. A partir daí, podemos evoluir - pouco a pouco - aumentando a quilometragem quando nos sentirmos mais confiantes.