O Tour despediu-se da região da Bretanha com polémica. Depois da acidentada jornada de ontem, os ciclistas decidiram hoje protestar, fazendo uma paragem de um minuto logo após ser dado o tiro de partida. Os ciclistas fizeram questão de salientar que estão fartos de percursos perigosos - como aquele que encontraram ontem, com estradas muito estreitas - e estão revoltados com a falta de compreensão da UCI face ao pedido que visava mudar de 3 para 8 km a distância de segurança que é tida em conta nos tempos da geral, dado que se previam incidentes.
Após o protesto, no km 10 o andamento foi retomado, tendo esta 4ª etapa 150,4 km maioritariamente planos, ideais para um final ao sprint.
E foi precisamente isso que aconteceu. Obviamente as fugas tiveram o seu momento, tendo a título de exemplo Van Moer sido alcançado já na reta da meta. Foi nessa altura que Cavendish seguiu a roda de Jasper Philipsen - que estava a ser bem lançado pelos seus colegas na Alpecin-Fenix -. Nos últimos metros, em subida, o britânico atacou, batendo o belga e fazendo mais uma vez história: foi a sua vitória nº31 no Tour e a sua 152ª como profissional. Está agora a somente três vitórias do "canibal" Eddy Merckx. O segundo a cortar a meta foi Nacer Bouhanni e o terceiro foi Philipsen.
Com esta vitória, Mark Cavendish cimenta a sua posição de líder da camisola verde (classificação por pontos). Quanto à geral, não há mudanças. Mathieu Van der Poel é o líder, nas vésperas do contrarrelógio de 27,2 km entre Changé e Laval Espace Mayenne, que certamente marcará diferenças entre os favoritos.