Foi apresentado em Versalhes o percurso da 83ª edição da Paris-Nice, uma das provas mais emocionantes de ciclismo em solo francês.
A partida será em Perray-en-Yvelines no dia 9 de Março e se olharmos para os gráficos de altimetria, vemos claramente que a edição de 2025 foi preparada com bastante cuidado, aumentando de dificuldade gradualmente.
Nièvre vai acolher um contrarrelógio por equipas e destacamos também uma chegada em alto em La Loge des Gardes, a meio da semana.
A luta pela camisola amarela vai prolongar-se durante o segundo fim de semana, com uma etapa de montanha na estação de esqui de Auron. Os sprinters também terão as suas oportunidades, ao longo dos 1.206 km de prova.
ETAPAS
Domingo, 9 de março, etapa 1: Le Perray en-Yvelines > Le Perray en-Yvelines, 156,5 km
Segunda feira, 10 de março, etapa 2: Montesson > Bellegarde, 183,9 km
Terça feira, 11 de março, etapa 3: Circuito Nevers Magny-Cours > Nevers (contrarrelógio por equipas), 28,4 km
Quarta feira, 12 de março, etapa 4: Vichy > La Loge des Gardes, 163,4 km
Quinta feira, 13 de março, etapa 5: Saint-Just-en-Chevalet > La Côte-Saint-André, 196,5 km
Sexta feira, 14 de março, etapa 6: Saint-Julien-En-Saint-Alban > Berre l’Étang, 209,8 km
Sábado, 15 de março, etapa 7: Nice > Auron, 147,8 km
Domingo, 16 de março, etapa 8: Nice > Nice, 119,9 km
A "Corrida do Sol", como também é conhecida, é uma espécie de ensaio geral para as Clássicas da Primavera. É nesta prova que os principais ciclistas geralmente preparam a mente e o corpo para as grandes provas do Verão e é também nesta altura que começam a colher os frutos do treino realizado no Inverno e na Primavera.
O percurso mistura diversos tipos de estradas e paisagens, e só os ciclistas mais completos conseguirão chegar a Nice com capacidade para vencer.
As equipas terão de dar aos seus líderes apoio incondicional logo desde a etapa inaugural em Yvelines, que poderá terminar num sprint coletivo ou numa fuga que aproveite Bosse des Mesnuls como rampa de lançamento, a cerca de 9 km da meta.
Na terceira etapa os ciclistas mais potentes poderão mostrar o seu estado de forma no contrarrelógio que liga o Circuito de Magny-Cours ao centro de Nevers (25,4 km).
Mas será na chegada em alto da quarta etapa (La Loge des Gardes), após percorridas as montanhas de Bourbonnais, que será feito o primeiro grande tira teimas. Esta jornada terá um desnível de 3.100 metros.
No quinto dia, o pelotão vai rumar a Ardèche, sendo uma etapa ideal para ciclistas que sejam explosivos e atacantes. Os últimos 50 km são ideais para uma fuga, graças a subidas bem conhecidas de todos, como o Muro de Notre Dame-de-Sciez, que chega aos 18% de inclinação.
A sexta etapa em Berre-L´Étang, vai ter uma chegada ao sprint, mas se estiver vento na descida do vale de Ródano, só um punhado de ciclistas conseguirão lutar pela vitória.
Aconteça o que acontecer, uma coisa é certa: no sábado, a sétima etapa vai ser decidida apenas por um punhado de ciclistas, devido à subida do Col de la Colmaine e à ascensão à estação de esqui de Auron.
Quem envergar a camisola amarela terá de lutar para manter o domínio no circuito de 119,9 km nos arredores de Nice. Aí, terá de enfrentar o Col de la Porte, uma subida que regressa pela primeira vez desde 2010, seguido de Côte de Peille, Col d´Éze e Col des Quatre Chemins.