Já terminou a Leyenda de Tartessos by Alé 2025. Uma prova que se destacou pela qualidade organizativa, variedade de percursos e pelo carinho e amabilidade de todos.
Nesta última etapa, a jornada tinha 45 km e 700 metros de desnível, portanto todos antecipavam um dia rápido com resolução ao sprint. Logo nos quilómetros iniciais, Tiago Ferreira e David Valero tomaram conta da corrida. Enrique Morcillo Hugo Franco tentavam colar-se à sua roda, mas os "veteranos" na dianteira impunham um andamento difícil de acompanhar. Um pouco mais atrás, a dupla composta por Alberto Barroso e Jofre Cullel aparentava estar fresca e começou a aproximar-se do duo da frente.
Tiago Ferreira sabia que esta etapa curta e sem grande acumulado de subida teria de ser controlado com um andamento alto, por isso, em parceria com David Valero, deram uma sapatada na corrida ganhando uma vantagem que os deixou confortavelmente na liderança. Mas a certa altura, Barroso e Cullel conseguiram colar-se na dianteira. Quando parecia que a vitória na etapa seria decidida ao sprint entre os três atletas da equipa BH Coloma Team e o português Tiago Ferreira, os quatro combinaram que Valero levaria para casa a vitória, com Barroso em segundo lugar e Cullel em terceiro.
Esta decisão algo controversa não é inédita - acontece em várias provas - , mas há quem diga que desvirtua completamente a competitividade. Feitas as contas, Valero ganhou a geral, seguido de Tiago Ferreira e o campeão de Espanha, José María Sánchez, em terceiro.
Quanto à categoria feminina, Mónica Calderón também voltou a ganhar a classificação geral. Durante toda a etapa, Calderón, Irina Luetzelschwab, Natalia Fischer e Janina Wust adotaram um ritmo muito elevado, enquanto Alessia Nay, um pouco atrás, lutou por não perder a roda das quatro ciclistas que lideravam a corrida.
Depois, o cansaço foi tomando conta de algumas atletas, como Wust, que foi ultrapassada por Cornelia Holland.
Na linha de meta, Alessia Nay ainda eteve forças para ultrapassar as ciclistas que estavam à sua frente e bateu a suíça da equipa Bulls e a colombiana da Cannondale. Fischer ficou em quarto lugar.
Com este resultado, Calderón revalidou a vitória obtida em 2024, convertendo-se na primeira corredora a vencer em duas edições consecutivas.