Com partida em Castellón e meta na localidade de Onda, o Grande Prémio Castellón - Rota da Cerâmica contou com um plantel de luxo, composto por alguns dos melhores ciclistas do WorldTour. Nesta segunda edição da prova, o percurso tinha 171,7 km e 2.500 metros de desnível acumulado. O português António Morgado (UAE Emirates) foi inteligente, esperou pelo momento certo, e atacou na subida a Collado de Ayódar. Cinco ciclistas seguiram na sua roda, mas o luso conseguiu manter a cabeça fria e no sprint final bateu os seus rivais.
Esta prova também ficou marcada por uma fuga na subida inicial no Alto de la Coma de terceira categoria (2 km a 7,6%), composta por Sergio Trueba (Illes Baleares-Arabay), Kevin Avoine (Van Rysel Roubaix) e Baptiste Veistroffer (Lotto). Mais tarde, juntaram-se cinco ciclistas, ajudando a manter a fuga com alguma vantagem sobre o pelotão.
Na segunda subida do dia, o Alto de la Serratella, de segunda categoria (14 km a 3,8% de pendente média, mas com zonas que chegavam aos 9%), Garcia Pierna (Burgos Burpellet BH) - que estava na fuga - atacou, mas não conseguiu eliminar os seus companheiros de fuga da sua roda. Atrás, o pelotão principal ía diminuindo a vantagem, chegando aos 3 minutos.
No grupo dos favoritos, Michael Matthews (Jayco AIUIa) - vencedor da primeira edição desta prova - e o campeão de Espanha Alex Aranburu (Cofidis) - terceiro em 2024 -, resguardavam-se. No pelotão principal a Jayco AIUIa e a Cofidis comandavam o ritmo, com uma pequena ajuda da Q36.5. Mas perante uma fuga numerosa de 8 ciclistas, foram obrigadas a aumentar o ritmo após o Alto de Serratella, dado que o restante percurso era demasiado favorável. Mesmo assim, a redução de tempo ficou bloqueada no minuto e meio.
A incerteza no grupo perseguidor parecia estar a deixar marcas e a 30 km da meta - com uma queda pelo meio na parte traseira do pelotão - a diferença dos fugitivos face ao pelotão diminuiu drasticamente.
A fadiga acabou com as aspirações dos fugitivos, além disso, o ritmo do pelotão era descomunal. Antes de entrar na última subida do dia, Collado de Ayódar, de segunda categoria (5 km a 4,4% de pendente média, mas com zonas a 8%), o pelotão apanhou o que restava do grupo dianteiro. A estrada molhada provocou mais uma queda e a ansiedade começou a apoderar-se dos ciclistas. Na subida, seis ciclistas destacaram-se na frente, incluindo o português António Morgado e o seu companheiro de equipa Alessandro (UAE Emirates), Formolo da Movistar, Fagúndez da Burgos BH e Scaroni junto com Champoussin da Astana. O luso desgastou-se, arriscou na descida e ganhou uma margem mínima, mas suficiente para ganhar o Grande Prémio Castellón após um sprint emocionante.
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