Javier Romo acabou de dar a primeira alegria do ano à equipa espanhola Movistar. Romo não só venceu a terceira etapa, como passa a liderar a classificação geral do Tour Down Under, graças a um ataque a 5 km da meta, durante a segunda subida a Knotts Hills (2,6 km a 8%), a principal dificuldade do dia.
🔥 A late attack after the summit of Knotts Hill, and it’s a maiden professional win for 🇪🇸 Movistar’s @romoliver_99!!
— Santos Tour Down Under 🚴🚴♀️ (@tourdownunder) January 23, 2025
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Romo ganhou vantagem face aos favoritos - nessa altura o grupo estava reduzido a 18 unidades - e conseguiu aguentar essa margem até à linha de meta, situada em Uraidla. Jhonatan Narváez foi segundo, a 5 segundos e Finn Fisher-Black, terceiro, tendo todos eles sido bonificados. No grupo dos favoritos seguia Jay Vine, Oscar Onley, Magnus Sheffield, Albert Withen Philipsen, Patrick Konrad, Sergio Higuita, Juan Pedro López, Luke Plapp, Andra Bagioli, Bauke Mollema... mas não estava Stephen Williams, vencedor em 2024 e um dos principais candidatos à vitória, o qual perdeu 25 segundos e praticamente todas as hipóteses de ganhar.
Javier Romo - que já tinha dado nas vistas na etapa de ontem graças a um ataque na terceira subida de Menglers Hill - ganhou pela primeira vez na sua carreira profissional, ou seja, no WorldTour, ainda por cima, perante rivais de nível altíssimo.
Graças a esta vitória, o ciclista da Movistar é o novo líder do Tour Down Under, com 8 segundos de vantagem sobre Jhonatan Narváez, 10 segundos sobre Patrick Konrad e Finn Fisher-Black e 12 segundos sobre o francês Bastien Tronchon.
"Estou muito feliz. Trabalhei muito neste Inverno com o objetivo de chegar bem ao Tour Down Under e não podia imaginar que hoje conseguiria fazer isto. A minha equipa confiou plenamente em mim e tudo fizeram para me ajudar. Na parte final estava com boas pernas e tudo correu perfeitamente".
Tal como já se esperava, a 3ª etapa, uma ligação entre Norwood e Uraidla (147,5km) serviu para deixar a classificação geral mais filtrada, graças a uma parte final com duas subidas a Knotts Hills, com pendentes máximas que chegavam aos 13%! A etapa começou a bom ritmo e dois fugitivos (Fergus Browning da Seleção Australiana e Connor Swift da INEOS Grenadiers) tentaram a sua sorte. Após a primeira subida em Ashton (8 km a 4%), o britânico da INEOS decidiu esperar pelo pelotão e o seu lugar na fuga foi ocupado pelo francês Geoffrey Bouchard (Decathlon AG2R La Mondiale), que se juntou a Browning.
Mas no pelotão, a Red Bull-Bora-hansgrohe e a UAE Team Emirates controlavam a vantagem dos fugitivos, que ainda assim passaram pela primeira vez na Knotts Hills (a 41 km da meta) ainda na frente. Na montanha, começaram os ataques. Primeiro, foram Juan Pedro López e Marc Soler que iniciaram as hostilidades, pouco depois acabou a aventura em solitário de Browning e de Bouchard, a cerca de 25 km para a meta. A partir daí, a corrida entrou em ebulição com a segunda subida a Knotts Hills, com uma sucessão de ataques (Jay Vine, Michal Kwiatkowski, Afonso Eulálio, Luke Plapp, Rémy Rochas…) e o grupo dos favoritos foi ficando mais reduzido até ficar com apenas 20 ciclistas.
A cerca de 5 km da meta, Javier Romo deu o golpe final, atacando vigorosamente e ganhando espaço, mantendo-o até à meta em Uraidla. Não só ganhou a jornada - a sua primeira como ciclista profissional - como passou a liderar a classificação geral. Afonso Eulálio (Bahrain Victorious) terminou a etapa em 15º e Rui Oliveira (UAE Team Emirates) em 120º.
Na geral, Eulálio subiu 91 posições, estando agora no 18º posto, a 15 segundos de Romo, enquanto Oliveira está no 109º posto, descendo 89 posições.
A quarta etapa de amanhã liga Gleneg a Victor Harbor (157,2 km) e a principal dificuldade é a subida de Nettle Hill (1,9 km a 8,1%), situada a 21 km da meta, a qual não deve impedir um sprint massivo. No sábado teremos nova batalha com uma dupla ascensão a Willunga Hill.
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