Magnificamente lançado pelo seu companheiro de equipa Maximiliano Richeze, o colombiano Álvaro Hodeg (Deceuninck-Quick Step) impôs-se no grupo que decidiu a segunda etapa do Tour de Colômbia, numa ligação de 150,5 km nos arredores de La Ceja. Hodeg derrotou o estoniano Martin Laas, do Team Iluminate e o seu compatriota Sebastián Molano, da equipa de Rui Costa e dos irmãos Oliveira (UAE Team Emirates).
Tudo estava preparado para a vitória de Fernando Gaviria, que corria em "casa", já que o início e a chegada da etapa eram em La Ceja, o município que o viu nascer, há 24 anos. Mas problemas de saúde privaram-no de estar na luta, chegando atrasado à meta. Segundo Josean Matxin, manager da UAE Emirates, Gaviria não chegou a esta etapa nas melhores condições pois estava com febre e dores de garganta nos dias anteriores. A consequência foram cãibras na parte final da jornada. Ao ver-se sem opções de lutar pela vitória no quilómetro final, Gaviria disse ao seu companheiro de equipa Sebastián Molano para tentar ser ele o sprinter da equipa e lutar pela vitória.
Graças aos 10" de bonificação que recebeu como vencedor da etapa, Hodeg converteu-se no novo líder, com 2" de vantagem sobre Rigoberto Urán, Daniel Felipe Martínez, Lawson Craddock e Taylor Phinney, os quatro da Education First que no dia anterior ganharam o contrarrelógio por equipas.
Aos 22 anos, Álvaro José Hodeg continua a afirmar-se como um dos grandes velocistas do presente e do futuro e alcança a sua primeira vitória de 2019 e a sua sexta como profissional, após as cinco que obteve em 2018.
A etapa foi protagonizada por seis ciclistas que encetaram uma fuga logo nos primeiros quilómetros, com a presença de Óscar Sevilla (Team Medellín), acompanhado pro Simon Pellaud (IAM Excelsior), José Tito Fernandéz (Orgullo Paisa), Gérman Chavez (Coldeportes Zenú), Steven Cuesta (Deprisa Team) e Felipe Laverde (GW Shimano). Chegaram a alcançar uma vantagem de quatro minutos sobre o pelotão, mas obviamente as formações mais fortes não podiam deixar este grupo contrariar o rumo da corrida.
Este sexteto foi-se fragmentando com a passagem dos quilómetros, ficando na cabeça de corrida Sevilla e o suíço Pellaud. Atrás, Laverde e Chavez faziam de ponte, mas o pelotão controlava perfeitamente a distância. A 20 km da meta, Sevilla e Pellaud contavam somente com 55" de vantagem, o que demonstrou ser escasso, face ao ritmo demoníaco do pelotão, cujas equipas dos sprinters tinham obviamente interesses.
Acabarm por ser "caçados" a cerca de 5 km do final e a partir daí a chegada ao sprint era inevitável.