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Orbea Occam 2024: duas visões diferentes do Trail

O modelo de trail da Orbea foi renovado em termos de geometria e inclui novos detalhes. Para além disso, está disponível em duas versões: a SL que é mais eficiente e leve e a LT, mais robusta e com foco nas descidas.

Hector Ruiz

4 minutos

Orbea Occam 2024

A categoria de Trail é a que mais conceitos distintos apresenta. Desde bicicletas rígidas com suspensões super aditivadas, passando por bicicletas de suspensão total superleves e acabando em modelos que quase roçam o Enduro. Por isso mesmo, a Orbea renovou o seu modelo Occam. 

PONTOS EM COMUM

Na geração anterior - lançada em 2020 - já existia uma versão normal (com 140 mm em ambos os eixos) e uma LT (com 150 mm). 

Agora a marca repetiu a fórmula, mas diferenciou mais cada modelo, com montagens e geometrias diferentes. Ambas partilham o mesmo quadro, com opções de alumínio Hydro e em carbono. 

No caso da segunda versão, é usado o carbono OMR da marca, um pouco menos leve do que o OMX, mas com um rácio peso/resistência e rigidez maior. Quanto às opções de alumínio é usada a tecnologia "Polish Alloy", na qual deixam de estar à vista as soldaduras principais, para ficar com uma estética similar à dos quadros em carbono, e sem sacrificar nenhuma das tecnologias da sua irmã mais cara.

Então, em que é que se diferencia a SL e a LT? No extensor do link. No caso da SL, o extensor é fabricado em fibra de carbono com o objetivo de baixar o peso ao máximo. No caso da LT, é construído em alumínio e tem uma medida diferente, sendo responsável pela alteração de cinemática e de geometria (bem como devido ao uso de uma suspensão com mais curso) face à Occam SL. 

Foram feitas mais alterações no link, como os pontos de rotação, de modo a eliminar o surgimento de fricções e ruídos, que aconteciam na geração anterior. Agora isso não acontece devido ao alinhamento.

Nos pontos de rotação são usados rolamentos selados com retentores adicionais. 

O quadro da Occam continua a caracterizar-se por uma escora de reforço assimétrica, cuja principal virtude é permitir ajustar o nível de rigidez para cada um dos tamanhos do quadro, dado que quanto maior o tamanho, mais rigidez precisa.

As duas Occam estão disponíveis em quatro tamanhos, podendo ser usadas por pessoas entre 1,50m até e metros de altura. Além disso, a Orbea desenhou os componentes OC e as rodas Oquo para trabalhar em conjunto de forma perfeita, estando estes componentes disponíveis de série em diferentes montagens. 

A cablagem interna segue através da direção SIC até ao interior do quadro, evitando que a água e a lama entrem. O rolamento do copo superior é um Enduro Bearing de aço (de elevada qualidade), garantindo uma vida útil elevada.

A cablagem segue através do pedaleiro até às escoras graças a uma peça de plástico que faz de ponte, melhorando a proteção e facilitando o processo de instalação do cabo e da mangueira.

O quadro também tem um espaço de armazenamento Lockr localizado debaixo do porta-bidon, o qual foi redesenhado. Agora tem mais espaço no seu interior e a abertura também é maior, sendo ao mesmo tempo um precioso aliado quando temos de instalar cabos.

A tampa é mais leve e tem um vedante de borracha em todo o perímetro, ajudando a selar esta zona. A abertura desta zona de armazenamento é muito fácil.

A bolsa para armazenar as ferramentas também foi redesenhada e é oferecida uma pequena multi FLP que fica introduzida no eixo de rotação do link, com chaves allen de 2, 3, 4 e 5 mm, além de ter sempre à mão a chave de 6 mm que está integrada no aperto da roda traseira. 

OCCAM SL: LEVE E ÁVIDA POR SINGLETRACKS

Nesta versão da Occam, com 140 mm de curso em ambos os eixos, o objetivo é a aventura. Tem uma geometria moderna e rola muito bem. O Trail é o seu meio ambiente, mas pode ser usada em maratonas e outro tipo de eventos. 

As siglas SL que não existiam na Occam anterior dizem tudo a seu respeito. É muito rápida, dinâmica e o peso desempenha um papel crucial. É aquilo a que a Orbea define como Fast Trail, sendo a versão topo de gama, o que melhor exprime o que se pretendeu com esta renovação. Pesa somente 10,85 kg no tamanho M sem pedais. 

Esta SL inclui bloqueios remotos da suspensão e do amortecedor (de três posições) para poder enfrentar qualquer subida de forma o mais rápida possível. 

Na cablagem é usado o sistema Inside Line, no qual o cabo do amortecedor fica totalmente oculto no tubo superior, melhorando a limpeza e a estética desta zona.

Quanto à cinemática, o Antisquat aumentou para que a resposta do amortecedor nas acelerações seja mais eficiente e proporcione um comportamento mais dinâmico. Também o Brakesquat foi melhorado, tornando a travagem ainda mais independente do amortecimento.

Quanto à montagem, a marca escolheu a Fox 34 em todos os modelos (na versão de Trail) e o amortecedor Fox Float. O Float tem uma câmara de ar maior do que um DPS, o que proporciona mais estabilidade em terrenos exigentes.

A geometria tem valores diferentes se compararmos com a geração anterior. O Reach tem 465 mm no tamanho M, o ângulo de direção tem 65,5º, o ângulo do tubo de selim tem 78º e o comprimento entre eixos é de 1.218 mm. As escoras medem somente 430 mm.

OCCAM LT: A MINI-ENDURO 

Durante a apresentação oficial à imprensa, a LT foi sempre referida como uma bicicleta de Mini-Enduro, sendo a Occam mais agressiva fabricada até esta data, com 150 mm de curso atrás e 160 mm à frente. E inclui alguns detalhes que também existem na Rallon. No fundo é a bicicleta ideal para aqueles que procuram as sensações de uma bicicleta de Enduro, mas com mais versatilidade e com uma resposta melhor à pedalada. 

A sua geometria tem valores bastante lançados devido ao extensor do amortecedor e à suspensão com mais curso. 

A direção tem 64/64,5º (depende da forma como colocarmos a fixação do amortecedor) e 77/77,5º no tubo de selim. O Reach é de 460 e 455 mm (tamanho M) e o comprimento entre eixos da LT passa dos 1.226 para os 1.227 mm.

A alteração da geometria, denominada Attitude Adjust, pode ser feita modificando a posição - entre Low (baixa) e Lower (ainda mais baixa) - de um parafuso. Basta desapertar um pouco com a chave allen de 6 mm que está no aperto da roda traseira, inverter a peça que está debaixo desse parafuso e voltamos a apertar. 

No quadro, o design "Steep and Deep" do tubo de selim (muito reto e muito baixo) é notório, e permite usar espigões telescópicos de cursos grandes (até 230 mm). 

Neste caso, a cinemática é mais progressiva, de modo a ser totalmente compatível com amortecedores de mola. 

Poderás conhecer os modelos e preços em www.orbea.com.

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