A Mavic encontrou à venda umas rodas falsificadas com o seu logotipo e iniciou uma investigação. Esta descoberta surgiu após um ciclista ter voltado de uma volta de ciclismo com a roda defeituosa, tendo contatado o distribuidor da marca, o que gerou a tal investigação. Foi nessa altura que se descobriu que havia uma grande remessa de produtos falsificados da Mavic provenientes da Ásia.
Nesta investigação, e paralelamente às ações legais empreendidas pela marca francesa, os responsáveis da Mavic decidiram comprar anonimamente dois pares de rodas falsificadas num site na internet para as testar no seu laboratório. A Mavic acabou por descobrir isto:
CLARAMENTE DIFERENTES ESTETICAMENTE
As rodas de imitação são de má qualidade, tanto em termos de design, autocolantes, sem logotipo nos cubos e com o logotipo corportativo errado. Além das especificações (tipo e quantidade de material...) não se assemelham às rodas Mavic autênticas. A quantidade de raios também é diferente, a largura e o perfil do aro, bem como o cubo.
A Mavic realizou três testes laboratoriais que confirmaram o risco de quebra.
TESTE 1: TRAVAGEM ISO
Foi realizado o Teste ISO básico da eficiência de travagem (norma ISO 4210), não destinada a ser destrutiva, com preparação da superfície. Foram aplicadas 10 ações de travagem para preparar a superfície antes dos testes intensivos e/ou para a prova em ambiente húmido a uma velocidade de 35 km/h com um ciclista bicicleta (130 kg) aplicando a força de 20daN nos travões.
O resultado do teste na roda falsificada foi uma roda deteriorada, e o mais surpreendente foi que isto era apenas a preparação para os testes reais.
TESTE 2: ENSAIO DE TRAVAGEM REAL
Foram aplicados até 50 ciclos para avaliar o efeito de um ensaio de potência de travagem real.
O resultado do teste na roda falsificada foi um aro completamente destruído: deformado, desgastado, corrompido.
TESTE 3: CARGA LATERAL
Este ensaio de carga incidiu nos flancos das rodas (45 km/h-30 kg) denominado "resistência lateral". Supostamente a roda deveria resistir várias centenas de quilómetros. 200 km (no caso dos raios) e 300 km (no caso dos flancos do cubo).
Resultado do teste na roda falsificada: raios danificados (partidos) depois de somente 50% da distância tida como objetivo standard. Cubo danificado depois de percorrido cerca de 90% da distância limite de validação.
As conclusões não deixam lugar a dúvidas de que estas rodas, para além do próprio crime de fraude industrial/empresarial, supõem um grave risco à integridade do ciclista, já que estamos a falar de testes de validação muito básicos que garantem uma certa segurança e fiabilidade ao proprietário.
Se não queres ter dúvidas quando fores comprar um produto Mavic, primeiro verifica o número de série com o distribuidor Mavic mais próximo ou através do site www.tech-mavic.com ou www.mavic.com/care, registando as rodas para uma análise em caso de garantia.