comitium

Groenewegen recebeu proteção policial após sofrer ameaças de morte

O sprinter da Jumbo-Visma contou numa entrevista ao periódico holandês Helden que sofreu ameaças de morte após a queda em que esteve envolvido na Volta à Polónia e que provocou ferimentos muito graves a Fabio Jakobsen.

Carlos Pinto / Foto: Bettini

Groenewegen recebeu proteção policial após sofrer ameaças de morte
Groenewegen recebeu proteção policial após sofrer ameaças de morte

Cinco meses depois do grave acidente que quase custou a vida a Fabio Jakobsen, Dylan Groenewegen deu uma entrevista à revista holandesa Helden, na qual pela primeira vez fala do acidente: "Sim, claro que sim. Sinto-me culpado", reconheceu.

Nesta entrevista, o sprinter da Jumbo-Visma revela que teve de receber proteção policial pela quantidade de mensagens de ódio e inclusive ameaças de morte, nos dias posteriores ao acidente. Groenewegen disse ainda que recebeu ameaças tão concretas e sérias que teve de chamar a polícia alguns dias depois do acidente. "Nos dias e semanas seguintes, a polícia vigiou a porta da nossa casa", confessou.

Dylan Groenewegen alega que está arrependido e que pediu desculpas pela sua ação irregular no sprint - no qual se desviou da sua trajetória, empurrando Jakobsen contra as baias -. "Recebemos cartas escritas à mão e numa delas chegaram a colocar um pedaço de uma corda com um nó (similar a uma corda de enforcamento) solicitando que a colocássemos no nosso filho. Quando lemos este tipo de mensagens e vês este pedaço de corda, ficamos aterrorizados. Isto não podia continuar, por isso a polícia tomou medidas ao ver estas cartas. Não podíamos sair de casa sem escolta.", revelou o ciclista.

Groenewegen reconhece que estas ameaças e insultos, bem como o sentimento de culpa, chegaram a afetá-lo muito animicamente. "Claro que isto me afetou. Como é que é possível isto acontecer? Em que mundo vivemos? Durante esses dias foi muito difícil levantar-me de manhã". O holandês, que acumula 53 vitórias como profissional, entre elas quatro vitórias de etapa no Tour, chegou a estar várias semanas sem treinar.

Lembramos que o ciclista da Jumbo-Visma recebeu uma sanção de nove meses sem poder competir devido à sua ação irregular no sprint (que foi considerada pela UCI como "inaceitável") , estando previsto o seu regresso à competição na Volta à Hungria, de 12 a 16 de Maio.

Arquivado em: