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Granfondo Portimão 2024: um verdadeiro sucesso

A Cabreira Solutions trouxe pela primeira vez até Portimão o formato Granfondo e por isso deslocámo-nos até à cidade algarvia para fazer parte deste momento importante. E não podia ter corrido melhor, com um bom percurso, clima excelente, segurança e boa disposição.

Alexandre Silva. Fotos: Marco Barbosa (abertura) e Eduardo Campos

Granfondo Portimão 2024
Granfondo Portimão 2024

3 de Novembro ficará na história de Portimão como o dia que acolheu um evento da série Granfondo by Cabreira Solutions. A região merecia um evento deste género e prova disso é o facto de ter contado com um pouco mais de 1400 inscrições validadas. E não deixa de ser curioso que estiveram presentes participantes de 25 diferentes nacionalidades e quase 10% eram mulheres. Em termos de distribuição, 378 inscreveram-se para o granfondo, 713 para o médio, 316 para o mini, 4 foram com Ebikes e 4 estavam na categoria de Paraciclismo. 

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Portanto, como podem calcular, o paddock na zona portuária de Portimão estava ao rubro, não só pela presença dos participantes como também das suas famílias, equipas e ainda toda a estrutura de patrocinadores que acompanham este evento.

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Esta primeira edição teria ainda outra particularidade, em termos de percurso, que se devia ao facto de a meta oficial das três distâncias (e o registo dos tempos de prova) estar instalada antes da entrada em Portimão, para evitar incidentes com o trânsito e com o próprio percurso bastante sinuoso na zona ribeirinha. Depois, os participantes seguiam até ao paddock já em ritmo descontraído, o que dá sempre jeito para rolar um pouco as pernas antes de encostar a máquina! 

VÊ AQUI A REPORTAGEM EM VÍDEO:

 

Às 9h em ponto como é costume foi cortada a fita e dada a partida, após o briefing de segurança. As boxes estavam bastante cheias e eu que estava na penúltima estive quase 5 minutos parado a ver atletas a passar na avenida, tal não era o tamanho do “cordão” de participantes. Do Clube Naval arrancámos então em direção à ponte velha, para assim atravessar o Rio Arade em direção ao Parchal para de seguida entrar na famosa Nacional 125 no sentido Portimão-Lagos. Estes primeiros quilómetros foram rápidos, ou não fosse esta zona maioritariamente plana com pequenas subidas onde o “pelotão” tentava manter a velocidade castigando as pernas que ainda não estavam bem quentes. 

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Felizmente e mais adiante, saímos da EN125 por estradas municipais onde tanto o ritmo como a paisagem mudaram, para “melhor”, permitindo apreciar melhor o ambiente. Esta zona de constante sobe e desce deu para ir confraternizando com os restantes participantes e assim passar o tempo, até chegarmos ao km 22 onde havia a separação para o Minifondo. Seguindo por estradas municipais chegámos ao Pincho, palco da primeira subida do dia digna desse nome, que apesar de ter apenas 1km de extensão tinha uma pendente média de 8% e zonas acima dos 11%. A cereja no topo desta subida foi a primeira zona de abastecimento, que como é hábito tinha muito por onde escolher em termos de comida e hidratação. 

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E apesar de a mesa e o clima estarem a pedir mais descanso e convívio, a verdade é que a seguir vinha outra “cereja”, uma zona rápida, com várias descidas intercaladas, até à bonita vila de Aljezur. 

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A TEMÍVEL FÓIA...

E ainda bem que tivemos aquelas descidas em ótimo piso (vejam a reportagem vídeo no nosso site), porque agora é que começávamos a subir a sério. Ainda não era a Fóia mas a saída de Aljezur em direção a Este é a verdadeira introdução às serras algarvias. Os primeiros 7km eram quase sempre a subir, com uma média de 5% de inclinação e zonas a chegarem aos 14%, ainda por cima com o vento a fazer-se sentir com alguma pujança. Depois seguimos em direção a Marmelete, na nossa jornada até à Fóia, e pode-se dizer que executando pequenos “descansos” a descer, estes 41km de Aljezur até ao ponto mais alto do Algarve foram praticamente sempre a subir, com um total de 1263m de acumulado!!

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Claro que a parte mais conhecida e famosa da Foia (pelo menos deste lado da serra) é a partir de Alcaria do Peso. Esta zona estava reservada ao Granfondo, já que o “médio” desviava ao km 75 em direção a Casais (e por onde o GF haveria de passar mais perto do final, já a regressar da Fóia).

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A subida até à Fóia por este lado é bastante diferente da que conhecia. Mais íngreme, mais curta, com zonas de mata mais cerrada e também com o piso mais degradado, por tratar-se de um acesso menos conhecido. Já a estrada por onde haveríamos de descer, é completamente diferente, é a rota turística e por isso com piso espetacular, muito rápida (fiz média de 58kmh), com vistas a alcançarem o Atlântico e menos inclinada. Esta descida leva-nos até ao centro de Monchique, que por muitos já é considerada uma meca do ciclismo nacional, a par da Fóia, palco de inúmeras e famosas batalhas entre profissionais do Pro Tour. 

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TAREFA CUMPRIDA

Depois da “tareia” que foram os 41km de Aljezur a subir até à Fóia, o pior estava para trás. Pude deixar tudo o que tinha nos momentos finais da subida. Aliás, nem tinha escolha: era isso ou empurrar a bicicleta, tal não eram as inclinações. E sabia que daí para a frente era sempre a descer ou quase… Porque na verdade o GPS ainda não tinha chegado aos 2100m de acumulado, portanto até Portimão haveria de voltar a subir. Mas isso de momento não era uma preocupação. Agora era gerir o esforço, continuar a comer bem e procurar um grupo para enfrentar o vento frontal que se fazia sentir nalgumas zonas entre Casais e Portimão. O grupo era pequeno, éramos apenas três, mas foi o suficiente para manter boas médias até final e para manter as cãibras debaixo de controlo. 

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A zona cronometrada terminou no final de uma longa reta e daí em diante era “só” subir mais uma longa rampa até ao Hospital e depois rolar calmamente até ao paddock.

Lá na frente terá havido muita emoção entre os que competiam. Na distância média, os sete primeiros cortaram a meta separados por menos de 1 segundo! Já no Granfondo a batalha foi entre o vencedor Tiago Galhano e João Pastagem, separados por escassos centímetros, deixando Bruno Rosa a quase 2 segundos. E no mini, situação semelhante com Igor Alves a bater em cima da linha Nuno Rocha com Marco Domingos a assistir de muito perto. As classificações resumidas podem ver de seguida e as completas em https://resultados.stopandgo.pro/1482/Individual.

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RESCALDO

Esforço feito, é altura de ir até aos comes e bebes buscar o merecido prato de massa e frango (ainda que Portimão seja conhecido pelas sardinhas) e buscar uma “fresquinha” para empurrar tudo. Os atletas continuavam a chegar e os que lá estavam entretinham-se na conversa e com a entrega de prémios/troféus. Outros faziam-se já à estrada, com jornadas mais ou menos longas pela frente. Em suma, estreia de sucesso para Portimão e a certeza de para o ano estaremos cá outra vez! 

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CLASSIFICAÇÕES

Minifondo

Geral Masculina 

  1. Igor Alves - Proteu Cycling Team - Casa Do Povo De Retorta - 1h53m41s427 (master B)
  2. Nuno Rocha - Individual - 1h53m41s677 (elites) 
  3. Marco Domingos - Escola Ciclismo Oeiras/Reconco/Parracho - 1h53m42s927 (master A)
  4. Alexandre Bastos - Uca / Terralem / Pracer - 1h56m24s680 (elites)
  5. André Costa - Love Tiles - 1h56m24s930 (elites)

Geral Feminina

  1. Benedita Martins - Academia de Ciclismo Alto do Minho - 2h09m03s883 (master B)
  2. Anabela Santos - Pedal D´Encaixe - 2h18m06s730 (master A)
  3. Isabel Guerreiro - JIC Racing Team - 2h20m34s493 (master B)
  4. Carla Guerra - Mr. Print Bike Team - 2h25m09s347 (master C)
  5. Mariana Silva - Love Tiles - 2h25m13s497 (master B)
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Médiofondo

Geral Masculina 

  1. Rui Carvalhães - Cdasj / Cyclin´Team / Município Albufeira - 2h43m15s037 (elites)
  2. João Martins - Mirachoro Hotels - Centro De Ciclismo De Portimão - Churrasqueira Guerreiro - 2h43m15s287 (elites)
  3. Pedro Lopes - Specialized - 2h43m15s293 (master B)
  4. Bernardo Alves - Escola Ciclismo Oeiras/Reconco/Parracho - 2h43m15s537 (master A)
  5. Luis Jorge - Swick / Casa Benfica Almodôvar Cycling Team - 2h43m15s543 (master A)

Geral Feminina

  1. Celina Carpinteiro - Cdasj / Cyclin´Team / Município Albufeira - 3h13m01s600 (master B)
  2. Marlene Seara - Brinox Cycling Team - 3h14m18s603 (master B)
  3. Tânia Bagagem - OCS Cycling Team - 3h18m57s370 (master B)
  4. Luizete Dias - Mamba Cycling - 3h26m35s630 (master C)
  5. Carmen Mueller - Garra Onebike - 3h32m55s640 (master B)

Granfondo

Geral Masculina

  1. Tiago Galhano - Cdasj / Cyclin´Team / Município Albufeira - 3h41m27s160 (elite)
  2. João Pastagem - Cdasj / Cyclin´Team / Município Albufeira - 3h41m27s657 (elite)
  3. Bruno Rosa - Swick / Casa Benfica Almodôvar Cycling Team - 3h41m28s910 (master A) 
  4. Carlos Martins - Multimoto/R Star/Cimentotavcim/E.Leclerc - 3h41m28s911 (elite)
  5. Helder Loureiro - Grupo Parapedra - Dinazzo - Riomagic - Crp Ribafria - 3h42m02s410 (master A)  

Geral Feminina 

  1. Elisa Jentho - Xupa Rodas - 4h35m23s270 (master A)
  2. Sónia Rodrigues - Tavira Sc Farence Extremosul - 4h41m36s283 (master B)
  3. Élia Santos - Individual - 5h23m05s370 (master A) 
  4. Sandra Rodrigues - Individual - 5h30m10s137 (master C)
  5. Ellen Reijnen - Ericeira Cycling Club - 5h41m26s160 (master A)

 

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