Os espigões telescópicos são uma das melhores invenções no segmento de BTT, sobretudo nas vertentes mais radicais. Não só porque permitem, com um simples toque num manípulo, baixar o mesmo antes de entrarmos numa descida vertical ou num rock garden. Depois, basta clicar novamente no botão para que ele suba até à posição original.
Há 15 ou 20 anos, tínhamos de parar, procurar a multiferramenta no bolso do jersey ou na mochila, desapertar o parafuso que mantinha o espigão rígido (nessa altura eram raros os espigões telescópicos) preso ao tubo vertical, baixá-lo e reapertar o parafuso. Após a descida tinhamos de fazer o inverso.
Esta maravilha da indústria é usada atualmente em bicicletas que vão do Cross Country ao Enduro, devido à evolução tecnológica, existindo atualmente vários cursos disponíveis, sistemas de acionamento e versões muito leves, umas mecânicas e outras eletrónicas.
Quanto às vantagens dos espigões eletrónicos, uma é óbvia: não tem cabos. A sua instalação é muito simples, basta colocar no quadro, apertar o parafuso que prende ao tubo vertical e inserir o selim. Mais fácil é impossível.
Outra vantagem é o seu funcionamento não ser afetado por quaisquer fatores. Não perde pressão, o comando remoto (alimentado por uma pilha) não fica mais rígido, dado que não tem um cabo e funciona sempre da mesma forma.
A desvantagem é óbvia: as baterias. É preciso recarregá-las ou subtituir de vez em quando. Além disso, estes produtos eletrónicos são mais caros e mais pesados (em regra) do que os mecânicos.
Quanto aos espigões mecânicos, têm a vantagem de serem mais baratos do que os eletrónicos e nos modelos mais básicos até podes fazer a manutenção em casa (aqui no site www.mountainbikes.pt ensinamos a fazer isso mesmo). Além disso, como não temos de recarregar bateriais, não precisas de te preocupar. Basta agarrar na bicicleta e partir para a aventura.
Mas também têm desvantagens, dado que é necessário inserir um cabo que liga o comando remoto ao espigão (geralmente encaminhado pelo interior do quadro), o qual pode perder tensão ou ficar mais rígido. Outra desvantagem é que os espigões mecânicos em regra ganham mais folga do que os eletrónicos e a pressão tendencialmente é mais afetada.