Atualmente quase todas as marcas já têm no seu catálogo pneus de estrada com designs aerodinâmicos, e o mesmo está a começar a acontecer nos de gravel. No entanto, é sobretudo nos quadros das bicicletas, nas rodas, nos guiadores, espigões e capacetes que estes pormenores são mais salientes. Mas esta nova geração de pneus - como estes Continental Aero 111 - leva o aerodinamismo mais além.
Os Aero 111 foram desenvolvidos em parceria com a DT Swiss - um dos principais fabricantes de rodas - e com a Swiss Side - experts na área do aerodinamismo. Além de vantagens aerodinâmicas, os novos pneus Aero 111 proporcionam, segundo a marca, mais controlo da bicicleta quando há vento lateral (o chamado efeito vela).
Para tal, estes pneus contam com 48 cavidades distribuídas de forma assimétrica na parte lateral da banda de rolamento. Estes desníveis formam pequenos vórtices ou uma ligeira turbulência controlada quando o vento incide neles, fazendo com que a passagem do ar se separe o menos possível da superfície para reduzir os movimentos involuntários da roda, bem como as perdas aerodinâmicas - o famoso drag -.
Este Aero 111 é baseado na gama Grand Prix 5000 TR, os pneus topo de gama tubeless da marca alemã, que foram usados este ano por 7 equipas UCI World Tour. A carcaça de 110 TPI (fios por polegada) é a mesma, com duas camadas na zona central para limitar a perda de energia a rolar, e três nas laterais para melhorar a proteção contra os furos, bem como a estabilidade e a adaptação ao pavimento, sobretudo quando usamos pressões baixas.
Debaixo da banda de rolamento, existe uma camada de proteção contra furos denominada Vectran Breaker que utiliza o composto BlackChili, um tipo de borracha que proporciona um excelente equilíbrio entre aderência e facilidade de rolamento.
AERODINÂMICA SEM COMPROMISSOS
São compatíveis com aros hookless - sem rebordo interno -, no entanto salientamos que é necessário respeitar a pressão máxima e não exceder os 5 Bar (ou seja, 72 PSI). Se usarmos rodas tradicionais, a pressão máxima é de 7 Bar (101 PSI). Também convém não usar um aro mais largo do que 22 mm (largura interna) se montarmos os Aero 111 de 26 mm e se optares pelos pneus de 29 mm, o aro não deve exceder 25 mm de largura interna.
A Continental recomenda usar no mínimo 30 ml de líquido selante e estes pneus devem ser montados respeitando a direção que está colocada na lateral através de uma seta. Como se trata de um pneu específico para a roda dianteira, montámos um 5000 S TR na traseira para não prejudicar o desempenho do conjunto. Tal como todas as restantes versões tubeless do Grand Prix 5000 que já testámos - ou seja, o S, AR e TT -, os Aero 111 foram fáceis de instalar e vedar e a perda de pressão é a normal em todos os pneus deste tipo (tubeless).
Estreámos estes Continental num dia muito ventoso e embora estivéssemos um pouco céticos ao início, temos de dar a mão à palmatória e confessar que sentimos uma redução dos solavancos que as rodas transmitem para a direção. A aderência, inclusivé em piso molhado, foi a esperada num pneu topo de gama para competição, e quanto às melhorias aerodinâmicas, não são fáceis de comparar, por isso deixamos ao critério de cada um consultar os dados obtidos pela Swiss Side e que estão disponíveis no seu site.
CONTINENTAL AERO 111
Preço: 119,95 €
Peso: 252 g (26 mm), 277 g (29 mm)
Opções: 26 e 29 mm
Distribuidor: Ciclo Coimbrões
Site: www.continental-tires.com/bicycle