comitium

Já testámos a nova BH Lynx SLS

Se estiveste atento às provas da Taça do Mundo e da Taça de Espanha de XCO, certamente viste esta bicicleta com uma capa de neoprene a tapar a zona do sistema de amortecimento traseiro. Neste artigo mostramos-te tudo o que precisas saber sobre esta super bicicleta da BH.

J. L. Arce/ S. Lorenzo. Fotos: César Cabrera

Já testámos a nova BH Lynx SLS
Já testámos a nova BH Lynx SLS

Pouco antes dos Jogos Olímpicos, a prova mais importante da temporada, acabou o mistério. A BH revelou a nova Lynx SLS com que a portuguesa Raquel Queirós e os espanhóis David Valero e Jofre Cullell competiram nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Além disso, esta também já é a nova bicicleta de Tiago Ferreira, um dos melhores atletas de XCM de sempre. 

Já tivemos a oportunidade de testar esta nova bicicleta e neste artigo conhecerás todos os detalhes desta máquina de XCO e XCM com 110 mm de curso à frente e 80 mm atrás. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (19)

O conceito desta bicicleta remonta a 2016, quando a BH decidiu transformar a Ultimate numa softail, ou seja, uma bicicleta com um quadro rígido, mas com um elevado grau de flexão vertical. No caso desta Lynx SLS o conceito é basicamente o mesmo, ou seja, adotar um elevado grau de flexão vertical, mas apoiado num amortecedor, como nos explicou Nicola-Yann Vies, chefe de produto da BH. 

 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (44)

EVOLUÇÃO

Este conceito ficou alguns anos em stand by até recentemente, numa fase em que as bicicletas de suspensão total com 120 mm de curso se começaram a consolidar no mercado. O design do quadro inevitavelmente faz-nos lembrar a nova Specialized Epic World Cup, bem como a Trek Supercaliber, no entanto, há uma grande diferença: o pivô concêntrico Split Pivot no eixo da roda traseira. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (1)

Foi precisamente com esta bicicleta que David Valero se proclamou campeão de Espanha pela nona vez, bem como vice-campeão da Europa de Maratonas. O espanhol recebeu o primeiro protótipo na Taça do Mundo de Andorra em 2023, pouco antes da prova pré-olímpica de Paris 2024, cujo circuito era ideal para este tipo de bicicletas. 

Embora pareça fácil, é bastante complicado desenvolver uma bicicleta de suspensão total com somente 80 mm de curso atrás. O amortecedor tem 190 mm de comprimento e é convencional (ao contrário da Specialized e da Trek), mas tem uma afinação específica para melhorar a cinemática do braço basculante e inclui um bloqueio remoto que ativa ou desativa as suspensões. Na verdade, o curso é de 40 mm, mas como possui um rácio 1:2, por cada milímetro que o amortecedor se comprime, o eixo da roda transforma-o em dois. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (40)

A cinemática é regressiva, com um início mais firme e mais ativo e absorvente à medida que se comprime. Este comportamento é percetível logo que nos sentamos na bicicleta. O sistema de amortecimento está desenhado de modo a trabalhar com 20 a 25% de SAG. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (15)

Quanto maior o anti-squat, maior o pedal kick back. Se não sabes o que é, explicamos em poucas palavras. Este efeito também é conhecido como a contaminação da padelada e existe em todos os sistemas de amortecimento. No caso desta BH específica, que está otimizada para pratos de 34 e 36 dentes, o pedal kick back sente-se o menos posível nas desmultiplicações curtas, dado que o "neutralizamos" quando pedalamos com carretos pequenos.

Probamos la nueva BH Lynx SLS (51)

Quanto à geometria, está, digamos assim, a meio termo entre a Ultimate e a Lynx Race. Tudo isto baseado num conceito que aposta num avanço standard de 60 mm de comprimento. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (45)

De certa forma, a metade traseira desta Lynx assemelha-se a um quadro rígido, com escoras muito curtas de 426 mm, o que facilita a resposta nas acelerações. Por sua vez, a metade dianteira tem medidas muito similares às da Lynx Race. Tem 76 graus no tubo de selim - sendo, portanto, muito adiantado -, o que facilita a pedalada, especialmente quando temos de enfrentar subidas longas ou inclinadas. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (28)

O tubo superior não é tão comprido como estamos habituados nas bicicletas modernas e quanto ao Stack e Reach do quadro podes ver no vídeo todos os detalhes. O processo de fabrico do quadro Lynx SLS é o mesmo do Lynx Race, compactando melhor o carbono, sem deixar resíduos no interior, o que se repercute na qualidade, leveza e resistência. 

Este quadro pesa 1.750 gramas incluindo o amortecedor, um valor que o torna um dos mais competitivos do mercado e na montagem pré-série que testámos a bicicleta totalmente montada pesa 9.76 kg. Para alcançar este peso, a BH modificou a escolha da fibra de carbono. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (48)

A versão mais leve do catálogo e a segunda na gama, ronda 9,6kg sem pedais, e está equipada com transmissão SRAM XX SL sem potenciómetro, travões Shimano XTR, suspensão Fox 34 Step Cast Factory, amortecedor Fox SL Factory, rodas BH Evo com aros em carbono e espigão de selim Bike Yoke Divine SL. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (43)

Há quatro versões disponíveis, desde 5.599,90 euros até aos 10.599,90 euros. A Lynx SLS 9.9 topo de gama está equipada com a nova geração de suspensões eletrónicas RockShox Flight Attendant

Probamos la nueva BH Lynx SLS (38)

O link superior, que está oculto dentro do tubo superior, é de alumínio mecanizado 7050, sendo mais compacto e leve do que um de carbono (pesa somente 40 gramas). 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (49)

Possui direção cónica Acros BlockLock com rotação limitada a 150 graus, cablagem interna ICR, caixa de pedaleiro PressFit 92, espigão de selim de 31,6 mm de diâmetro e ponteira traseira UDH. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (41)

Há pequenos detalhes que tornam esta Lynx uma aposta no futuro, como a linha de corrente de 55 mm, a mais moderna (está entre o Boost e o Super Boost), permitindo montar pneus 2.4" e pratos de até 38 dentes. 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (50)

É compatível com o sistema BH Fit, que integra as principais ferramentas na bicicleta (chaves de 2,5 a 6 mm, Torx T25, saca correntes, adaptador de botija e espaço para um elo rápido de corrente). 

Probamos la nueva BH Lynx SLS (8)

Todas estas características tornam esta BH Lynx numa das bicicletas mais apetecíveis no segmento de XCO e XCM, a par da Specialized Epic World Cup e da Trek Supercaliber. 

E não temos dúvidas de que, com uma boa campanha de marketing capaz de dar a conhecer esta bicicleta aos consumidores finais, veremos muitos mais bicicletas destas nas provas de XCO e de XCM.

Probamos la nueva BH Lynx SLS (27)

FICHA TÉCNICA:

QUADRO Lynx SLS, EC Layup Toray 800.
AMORTECEDOR Fox SL Factory Kashima 190x40mm.
SUSPENSÃO Fox 34 SC Factory 110 mm.
PEDALEIRO SRAM XX SL, 34d.
DESVIADOR SRAM XX SL AXS T-TYPE.
MANÍPULO SRAM XX SL.
CASSETE SRAM XX SL AXS T-TYPE 10/52.
CORRENTE SRAM XX SL.
TRAVÕES Shimano XTR 180mm/160 mm.
DIREÇÃO Acros ICR FIT.
COCKPIT BH Stealth Top Flat.
PUNHOS BH SL Grip.
SELIM Prologo R4 Nack.
ESPIGÃO DE SELIM Bike Yoke Divine SL 31,6mm, 125mm.
RODAS BH Evo Carbon SL Tubeless, 30mm de diâmetro interno.
PNEUS Pirelli Scorpion XC RC 2.4 
PESO 9,76 kg (tamanho M, sem pedais).
TAMANHOS  XS, S, M, L, XL.
PREÇO 8.799,90€.
+info www.bhbikes.com

Poderás encontrar mais detalhes em bhbikes.com

Arquivado em:

Protótipo da nova BH Lynx Race está a ser testado

Relacionado

Protótipo da nova BH Lynx Race está a ser testado

BH Lynx Race Carbon também com Flight Attendant

Relacionado

BH Lynx Race Carbon também com Flight Attendant

BH revela a bicicleta de Raquel Queirós para Paris 2024

Relacionado

BH revela a bicicleta de Raquel Queirós para Paris 2024

BH apresenta a nova GravelX R, desenhada para competição

Relacionado

BH apresenta a nova GravelX R, desenhada para competição

Nova BH iGravelX inclui o motor BHZ da SEG

Relacionado

Nova BH iGravelX inclui o motor BHZ da SEG

iLynx+ SL, a nova e MTB leve da BH

Relacionado

iLynx+ SL, a nova e-MTB leve da BH