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Exclusivo: já testámos o novo SRAM Apex para gravel

A SRAM está a proporcionar a cada vez mais pessoas a possibilidade de utilizar a tecnologia SRAM AXS sem fios. O lançamento do novo grupo Apex, disponível tanto em versão eletrónica como mecânica, é mais um passo em frente na massificação desta tecnologia.

JOSE HERNÁNDEZ CORONADO

4 minutos

Já testámos o novo SRAM Apex para gravel

Fomos aos Estados Unidos da América, mais concretamente a Illinois testar a nova versão do grupo Apex. Após nove horas de viagem e já devidamente instalados no hotel, fomos conduzidos até ao local onde tivemos a oportunidade de conhecer todos os segredos do novo grupo de gravel da SRAM. Foi em Galena, a 2h15 de Chicago, que conhecemos um dos paraísos para os ciclistas, com paisagens deslumbrantes. 

A SRAM escolheu um local não muito longe da sua sede central de Chicago para apresentar o novo Apex.

O programa era curto, mas intenso. Durante dois dias tomávamos um pequeno almoço típico americano e depois tínhamos à nossa disposição bicicletas devidamente equipadas com os novos grupos Apex XPLR tanto nas versões eletrónica como mecânica para testar num percurso emocionante. No primeiro dia a volta totalizou 52 km com 800 metros de desnível positivo. A paisagem era impressionante, com uma exuberante vegetação verde, selvagem e frondosa que parecia desenhada especificamente para as bicicletas de gravel. 

 

Ficámos agradavelmente surpreendidos pela versatilidade e eficiência deste grupo. A sua precisão, conforto e intuição na comutação das mudanças convidou-nos a experimentar todas as combinações possíveis sem nos preocuparmos com nada, o que nos permitiu poupar energias e deixou o pensamento mais livre para desfrutarmos do percurso. Este grupo é muito similar ao Rival AXS de versões anteriores, e nota-se que herdou a parte tecnológica do Rival, embora tenha acabamentos distintos e um preço mais acessível, o que o converte numa opção bastante atrativa. Vamos começar precisamente pela versão mecânica, a mais barata:

 

A grande capacidade de retenção da corrente e a simplicidade da transmissão monoprato (1x) saltam à vista. A comutação das mudanças é muito silenciosa e rápida ao longo dos 12 carretos e isso também se deve ao uso de correntes flat top da SRAM. O carreto maior tem 44 dentes, deste modo temos à disposição todas as mudanças de que precisamos. O Apex mecânico é compatível unicamente com cassetes de 12 velocidades (neste caso tem 11-44) e pesa 2.872 gramas. 

O SRAM APEX na versão mecânica estará à venda no mês de Setembro

Também existe a versão "mullet Style", com uma transmissão Eagle (desviador traseiro RD-APX-152-D1) para terrenos mais extremos, sendo possível montar cassetes Eagle 10-50, 11-50 ou 10-52 dentes. Portanto, os manípulos do novo Apex são compatíveis com desviadores traseiros com tecnologia Eagle. Neste caso, o peso é 3.062 gramas. 

As cassetes do Apex estão disponíveis na opção de 11-44, e a versão Apex AXS XPLR é compatível com 10-44 e 10-36.

Os cranques Apex 1 Wide foram desenhados com uma linha de corrente mais ampla para permitir a utilização de pneus de gravel mais largos. Além disso, o eixo DUB (que também é mais largo) é compatível com o comprimento standard da caixa de pedaleiro das bicicletas de estrada e de BTT, o que oferece uma compatibilidade excepcional. Estes cranques são compatíveis com eixos traseiros de 135 mm, 142 mm e Boost. 

 

Os travões são hidráulicos e neste test drive, a SRAM montou as nossas bicicletas com discos de 160 mm, embora também exista a possibilidade de montar discos de 140 mm se a ideia é pedalar em terrenos que não exigem uma grande capacidade de travagem, ou se formos praticar ciclocrosse. As suas pinças são compatíveis exclusivamente com montagem flat mount.

 

Curiosamente, sendo a versão mais barata das duas apresentadas, só estará disponível em Setembro, enquanto a versão eletrónica AXS chegará às lojas durante este mês de Junho. 

 

TECNOLOGIA AXS, AGORA TAMBÉM DISPONÍVEL NO APEX

O percurso consistia numa combinação de caminhos de terra perfeitamente lisos, com algumas pedras, e zonas de asfalto. Foi a oportunidade ideal para testar o novo grupo Apex XPLR AXS com a tecnologia ETAP e medidor de potência integrado, montado numa bicicleta Lauf Seigla. 

 

O Apex AXS XPLR tem uma transmissão ampla 1x12, sendo perfeito para aventuras em gravel, bikepacking e voltas casuais. A opção sem fios AXS com a tecnologia ETAP garante uma passagem de mudanças suave e precisa e uma travagem potente e controlada, tal como encontramos nos grupos topo de gama. A simplicidade de utilização permite-nos estar focados no que realmente importa: divertirmo-nos quando estamos a pedalar. 

 

Os travões de disco hidráulicos oferecem uma potência de travagem impressionante e uma modulação precisa. Além disso, as manetes foram otimizadas, adaptando-se a todo o tipo de mãos, proporcionando um controlo máximo e um conforto excecional. Com o ajuste de alcance podemos adaptar as manetes a diferentes tamanhos de mãos através de uma chave sextavada na parte inferior da manete. 

É muito fácil ajustar o alcance da manete

Outra das novidades é a introdução do medidor de potência no pedaleiro. Isto permite ter acesso a dados fiáveis em termos de potência e pode ser integrado em praticamente todas as bicicletas graças à tecnologia oculta no eixo DUB. Basicamente a unidade de potência está integrada no pedaleiro DUB-PWR medindo a potência no lado esquerdo, calculando o total de watts. O sistema é impermeável e muito leve. 

A pilha do potenciómetro fica alojada através do cranque esquerdo e a sua instalação é muito fácil.

Foi desenhado especificamente para uma utilização 1x e pode ser usado com as seguintes cassetes: 11-44D XPLR, 10-44D XPLR e 10-36D. O conjunto pesa 2.976g, tendo em conta as baterias e as mangueiras hidráulicas, o que represente um ligeiro aumento de peso face ao modelo Rival. 

Apesar de estar colocado abaixo do Rival, para nós o Apex é um grupo que poderia estar hierarquicamente ao lado do Force ou imediatamente abaixo.
Tal como nos grupos superiores, na aplicação podemos alterar os parâmetros, ativar os Bleep, entre outras funcionalidades.

Em conclusão, a nossa experiência com os grupos Apex da SRAM foi muito enriquecedora. Tanto na versão eletrónica como na mecânica, oferecem precisão, qualidade e fiabilidade, aproximando cada vez mais pessoas da tecnologia eletrónica AXS. 

 
 

Poderás obter mais informações em www.sram.com

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