Há alguns anos os cornos - ou extensores de guiador - eram imprescindíveis, um dos acessórios que distinguiam os betetistas, tal como, por exemplo, o prato triplo na pedaleira. Hoje em dia quase ninguém usa este componente e é uma raridade encontrá-lo numa BTT, pelo menos nas mais modernas. Por isso, há quem nos pergunte como é possível que algo que antes era incontestável, tenha passado a arcaico e mesmo esquecido. Este tema dava pano para mangas, mas vamos aos factos concretos.
Os extensores de guiador foram desaparecendo à medida que as geometrias e os percursos de BTT foram evoluindo. Entre os benefícios da sua utilização destacava-se uma melhor respiração, pois agarrávamos o guiador nas extremidades (mais abertura torácica, quando os guiadores eram de 560 ou de 580 mm), menos fadiga ao podermos mudar de posição e uma melhor posição em subidas muito inclinadas, pois ajudavam a adiantar o peso.
Hoje em dia os guiadores são muito mais largos (690 a 710 mm em XC) e as geometrias dos quadros estão mais equilibradas, específicas e cómodas, pelo que os "cornos" são desnecessários.