O irlandês Eddie Dunbar (Jayco AIUIa) estreou o seu palmarés numa Grande Volta, ao vencer a 11ª etapa da Volta a Espanha. A jornada na Galiza mostrou as debilidades de Ben O´Connor na explosiva subida a Cruxeiras (2,9 km a 8,9%), com Primoz Roglic e Enric Mas a serem os mais fortes.
Na meta situada em Padrón o esloveno da Red Bull-BORA-Hansgrohe e o espanhol da Movistar, junto com Mikel Landa, Carlos Rodríguez, David Gaudu e Mattias Skjelmose ganharam 15 segundos de vantagem sobre Richard Carapaz - que perdeu o terceiro lugar da geral para o espanhol Enric Mas - e 37 sobre Ben O´Connor, que ainda se mantém na liderança da prova. O australiano agora tem 3m16 de vantagem sobre Roglic e 3m58 sobre Mas. O cerco está cada vez a ficar mais estreito e O´Connor não pode vacilar se quiser manter a liderança. Carapaz é agora quarto classificado, a 4m10, seguido de Landa, a 4m40 e de Carlos Rodríguez (novo líder da juventude), a 5m23.
¡Roglic y Enric Mas vuelven a recortar la diferencia con el líder!
— Teledeporte (@teledeporte) August 28, 2024
O'Connor pierde 37 segundos en Padrón y la diferencia se acerca a los tres minutos. #VueltaRTVE28A #LaVuelta24 pic.twitter.com/VfIMIO9qZx
Mais uma vez presenciámos duas corridas diferentes: por um lado, a vitória de etapa, que foi disputada entre os ciclistas que estavam na fuga do dia e que chegou a ter 38 ciclistas; por outro lado, a luta entre os favoritos da geral, na qual Roglic e Mas lançou um sério aviso ao australiano da Decathlon-AG2R La Mondiale.
A subida a Cruxeiras (2,9 km a 8,9%) proporcionou os momentos mais emotivos da etapa. Na fuga, Urko Berrade (Kern Pharma) e Carlos Verona (Lidl-Trek) atacaram e no seu encalce seguiu o trepador italiano Filippo Zana (Jayco AIUIa).
Ganharam tempo, mas na descida posterior e no terreno plano que se seguiu até à meta entraram mais ciclistas na fuga - formando um grupo de 14 elementos - no entanto Eddie Dunbar foi o mais expedito. O irlandês surpreendeu com um ataque a 650 metros da meta, não tendo resposta de nenhum atleta. Foi a vitória mais importante do ciclista da equipa australiana e a quarta no seu palmarés.
Quinten Herrmans (Alpecin-Deceuninck) cortou a meta a 2 segundos, bem como Max Poole. Narváez, Zanna, Ion Izagirre, Verona, Garifoli, McNulty, Valter, George Bennett, Oomen e Guillaume Martin ficaram a 4 segundos.
Entre os favoritos a batalha começou na subida de Cruxeiras, com a Red Bull-BORA-Hansgrohe a impôr um ritmo duríssimo que dinamitou o pelotão. Vlasov foi um dos principais intervenientes, depois foi o seu líder - Primoz Roglic - que atacou e só Enric Mas conseguiu seguir na sua roda.
Enquanto o líder da prova (O´Connor) sofria, demonstrando que estas subidas explosivas não são a sua praia, Landa, Gaudu e Skjelmose conseguiram apanhar o esloveno e o espanhol. Nos últimos quilómetros Carlos Rodríguez conseguiu juntar-se a eles. Cortaram a meta a 3m31 de Eddie Dunbar, mas conseguiram ganhar uma vantagem de 15 segundos sobre Carapaz e 37 sobre O´Connor, Adam Yates e Sepp Kuss.
Amanhã haverá nova chegada em alto. A 12ª etapa entre a estação termal de Ourense e a estação de montanha de Manzaneda (137,4 km) terá como momento alto a subida final de 15,4 km a 4,7% de pendente média, com rampas que chegam aos 12%.
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