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Volta a Portugal: Kyle Murphy ganha a 8ª etapa e Amaro Antunes enverga a amarela

Como já se esperava, tendo em conta a altimetria da etapa, a camisola amarela mudou de dono, passando a ser Amaro Antunes da W52-FC Porto o detentor da jersey de líder. Mas o vencedor da jornada em Bragança foi o norte-americano Kyle Murphy, da Rally Cycling.

Volta a Portugal: Kyle Murphy ganha a 8ª etapa e Amaro Antunes enverga a amarela
Volta a Portugal: Kyle Murphy ganha a 8ª etapa e Amaro Antunes enverga a amarela

Esta está a ser uma Volta a Portugal cheia de peripécias e muito combatida. A jornada de hoje teve dois enredos: por um lado, novamente os fugitivos levaram as suas intenções avante, com o pelotão a deixar o protagonismo ficar em mãos alheias. Por outro, a geral está agora, mais do que nunca, incerta. 

Num dia muito quente, as veleidades começaram cedo na etapa, com um grupo de fugitivos que era composto por quase duas dezenas de ciclistas, e nesse grupo estavam homens da geral, como Henrique Casimiro (Kelly-Simoldes-UDO), Tiago Antunes (Tavfer-Measindot-Mortágua), José Félix Parra (Equipo Kern Pharma) e Adriá Moreno (Burgos-BH). Como tem sido hábito nesta Volta a Portugal, Bruno Silva (Antarte-Feirense) esteve muito ativo (líder dos trepadores) e Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), embora ainda combalido da queda sofrida há alguns dias, voltou a demonstrar muita garra, atacando talvez com intenção de voltar a entrar nas contas da classificação por pontos. 

Em todo o caso, o controlo na maior parte da etapa foi feito pela Efapel, equipa que defendia a amarela de Rafael Reis. Todavía, a cerca de 50 km da meta - na subida de Torneiros - a W52-FC Porto passou a liderar a perseguição, endurecendo o ritmo com intenções óbvias de discutir a amarela. 

O resultado foi óbvio: os fugitivos iam perdendo margem e alguns dos elementos do pelotão iam perdendo o contato. Os ciclistas da W52-FC Porto iam-se revezando na frente da corrida, mas um deles foi sempre poupado: Amaro Antunes, o melhor classificado da equipa portista na geral. 

Aos poucos também a W52 foi perdendo elementos nesta dura subida e poucos conseguiam seguir o ritmo. O grupo ficou de tal modo reduzido que sobraram somente Amaro Antunes, Joni Brandão, João Rodrigues (todos da W52-FC Porto), Frederico Figueiredo, Mauricio Moreira e António Carvalho (da Efapel), Abner González (Movistar), Alejandro Marque e Álvaro Trueba (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel). 

O algarvio João Rodrigues fez as despesas de corrida, levando todos atrás até perto da meta. Enquanto isso, na frente da corrida, Miguel Salgueiro (LA-Aluminios-LA Sport) era um dos fugitivos mais inconformados e tentou dar uma sapatada na situação da corrida, seguindo em solitário. No entanto sem sucesso. Surgiram mais ataques neste grupo, mas sem resultados práticos até que a 4 km da meta, Kyle Murphy atacou e ganhou isolado. Foi a sua segunda vitória na Volta a Portugal, tendo sido secundado por José Parra. Henrique Casimiro foi terceiro, a 25 segundos. 

Nos favoritos, depois de terminado o trabalho de João Rodrigues foi a vez de Joni Brandão fazer acelerações, tentando deixar para traz os elementos da Efapel e da Atum General -Tavira. E assim foi: Alejandro Marque e António Carvalho perderam algum terreno, mas Frederico Figueiredo e Mauricio Moreira mantiveram-se na roda dos dois ciclistas da W52-FC Porto. 

Logo a seguir, Maurício Moreira atacou, ganhando tempo tanto a Joni Brandão (quatro segundos) como a Amaro Antunes (seis segundos). 

Deste modo, Amaro Antunes passa a ser o novo camisola amarela, sendo Alejandro Marque segundo, a 14 segundos. Frederico Figueiredo está a 18 segundos, Mauricio Moreira a 50s e Henrique Casimiro sobe ao quinto posto, a 57 segundos. 

A Volta está ao rubro e tudo pode acontecer. Amanhã a nona jornada será novamente decisiva, com a subida ao alto do Monte Farinha (Senhora da Graça). A jornada terá 145,5 km, mas esperam-se ataques nos prémios de montanha. Sem esquecer o contrarrelógio de domingo...

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