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Tour: Healy venceu a 6ª etapa na Normandia e Van der Poel recupera a liderança

O irlandês da EF venceu a sexta etapa da Volta a França após atacar a 42 km da meta, deixando para trás os seus companheiros de fuga. A UAE deixou a fuga ganhar tempo com o objetivo de que Van der Poel recuperasse a camisola amarela, libertando a pressão dos seus gregários. 

Fernando Belda. Fotos: Sprint Cycling Agency

2 minutos

Healy venceu a 6ª etapa na Normandia e Van der Poel recupera a liderança

Esta sexta etapa tinha seis subidas e uma chegada explosiva na Normandia, mais precisamente uma subida de 700 metros a 10,2% de inclinação. Foi uma jornada dura, que foi gerida como se fosse uma clássica, tendo como grande protagonista Ben Healy, um expert nestas andanças. Além disso, Mathieu van der Poel recuperou a camisola amarela de líder por um segundo, com a ajuda da UAE Emirates. 

Tadej Pogacar já tinha sido bastante explícito ao referir que envergar a amarela durante muitos dias é demasiado desgastante para ele e para a equipa, por isso hoje, quando os responsáveis da equipa de Pogacar viram que Van der Poel - que na geral estava a 1m28 - tinha entrado na fuga do dia, fizeram contas e decidiram não reagir, deixando-os ganhar mais de seis minutos de vantagem. A explicação é óbvia: ser líder obriga a um desgaste maior de toda a equipa e quem enverga a amarela descansa menos e tem mais compromissos diários (pódio, antidoping, entrevistas, assinar camisolas, entre outras tarefas protocolares que gastam mais 45 minutos diários), prejudicando o seu descanso. 

Este plano esteve quase a ir pelo cano abaixo quando o neerlandês da Alpecin-Deceuninck começou a fraquejar e a perder tempo face aos seus companheiros de fuga. Além disso, a Visma estava em perseguição. O resultado acabou por ser decidido por um mísero segundo, portanto tanto Van der Poel como Pogacar podem estar contentes. 

Em todo o caso, o grande protagonista da 6ª etapa foi Ben Healy que concretizou a melhor vitória da sua carreira, com uma exibição de grande nível. Atacou a 42 km da meta, deixando para trás os seus companheiros de fuga (Van der Poel, Quinn Simmons, Harold Tejada, Will Barta, Simon Yates, Michael Storer e Eddie Dunbar) e depois foi isolado até à meta. 

Terminou a etapa com quase três minutos de vantagem sobre Quinn Simmons (a 2m44) e Michael Storer (a 2m51). Van der Poel terminou a etapa completamente vazio, a 3m58 e o pelotão dos favoritos (Pogacar, Vingegaard, Jorgenson, Evenepoel, Onley, Vauquelin, Lipowitx e Gall) cortou a meta a 5m27. João Almeida, Roglic, Buitrago, Mas e Johannessen perderam mais tempo, tal como Carlos Rodríguez e Skjelmose. 

Feitas as contas, Van der Poel lidera a geral com 1 segundo de vantagem sobre Pogacar e 43 segundos sobre Evenepoel. Kevin Vauquelin é quarto a 1 minuto, Vingegaard é quinto a 1m14, Matteo Jorgenson é sexto a 1m23, João Almeida é sétimo a 1m59 e Ben Healy subiu ao oitavo lugar a 2m01. 

A sétima etapa vai ligar Saint-Malo ao Muro da Bretanha e terá 197 km. A parte final vai ser interessante e poderá provocar um novo embate entre os homens da geral. Os ciclistas terão de subir o Muro da Bretanha (2 km a 6,9%) duas vezes, uma a 16 km da meta e a outra no final. 

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