Antes sequer de começar a prova de contrarrelógio nestes Mundiais que estão a decorrer na Suíça, a corrente da bicicleta do belga saiu da cremalheira, o que causou alguma ansiedade tanto ao atleta como ao staff da seleção, mas tudo foi resolvido em segundos.
O belga ainda começou o contrarrelógio algo irritado, e quando se apercebeu que o seu potenciómetro estava com problemas - impossibilitando ter a noção da potência que estava a desenvolver - as coisas ficaram ainda mais complicadas.
Mas Evenepoel é um poço de força e estava decidido a fazer o crono da sua vida. Neste percurso de 46,1 km com 405 metros de desnível positivo ele era o favorito e cumpriu os prognósticos. O único grande rival foi o italiano Filippo Ganna, que à última hora decidiu participar, apesar de não estar na lista provisória enviada pela comitiva italiana. Nos pontos intermédios, Remco fazia um tempo espetacular, mas Ganna rolava a alta velocidade e chegou mesmo a ultrapassar Roglic na reta da meta, ficando com o segundo melhor tempo, a somente 6 segundos de Evenepoel.
O também italiano Affini foi terceiro, a 57 segundos. Jay Vine teve um dia azarado. O australiano estava prestes a conseguir o terceiro melhor tempo, mas caiu e acabou na quinta posição.
Aos 24 anos, Evenepoel somou mais um título a um currículo invejável no Mundial de contrarrelógio: foi medalha de prata em 2019, bronze em 2021 e 2022, bem como medalha de ouro em 2023 e 2024.
Nelson Oliveira foi o melhor português no 15º lugar e João Almeida ficou no 24º posto.
“Fiz um contrarrelógio regular. Tentei gerir bem durante todo o percurso, mas os adversários foram mais rápidos. Provavelmente, não recuperei a cem por cento da Vuelta. Mas o que determinou o resultado em favor dos corredores mais possantes foi o percurso. A subida não fez tantas diferenças como esperava, mas acho que fiz um bom contrarrelógio, apesar do resultado”, considera Nelson Oliveira.
“Fiz uma boa gestão do esforço. Nas subidas andei bem. Deixei tudo na estrada e cheguei à meta completamente exausto. Portanto, acho que não poderia ter feito muito melhor. Ainda temos uma semana, durante a qual vou fazer uns bons treinos, para manter a forma e preparar a prova de fundo que será bastante longa e dura”, afirma João Almeida.
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