Christopher Morales Fontan (Maglia Tecnosylva – Bembibre Cycling Team) sprintou para um triunfo importante, sobretudo depois de uma etapa demolidora e bastante movimentada, encerrando com chave de prata a 43.ª edição do Grande Prémio Abimota. A chave de prata porque, a de ouro, ficou na posse de Rafael Reis, da Grassdrive / Q8 / Anicolor, que vestiu a camisola amarela na etapa inaugural e resistiu a todos os ataques para a manter até ao final.
O vencedor cumpriu a etapa de 160,8 quilómetros, entre Anadia e Águeda, em 3h41m05, batendo sobre a meta o português Pedro Andrade, da ABFT Betão – Feirense, segundo, e o também lusitano Bruno Silva, da Tavfer- Ovos Matinados – Mortágua, terceiro, numa chegada em “sprint” reduzido.

Nas contas da geral, o ciclista da Glassdrive / Q8 / Anicolor, Rafael Reis, segurou a liderança, mantendo 11 segundos de vantagem sobre Luís Gomes, da Kelly / Simoldes / UDO, que é segundo, e 14 para José Sousa, da também equipa de Oliveira de Azeméis, terceiro.
Na geral por equipas, a Kelly / Simoldes / UDO logrou o triunfo com o tempo de 24h56m29s, ficando em segundo lugar coletivamente a AP Hotels & Resortes / Tavira / SC Farense e em terceiro a Credibom / LA Alumínios / Marcos Car, a 20 segundos e 1m07s, respetivamente.
A classificação geral da montanha ficou na posse de Emanuel Duarte (Efapel Cycling), com 26 pontos; a geral Autarquias foi conquistada por Francisco Campos (Fonte Nova / Felgueiras) com 5 pontos; geral Encarnada foi reclamada por Elkin Robles (Maglia Tecnosylva – Bembibre Cycling Team); geral por Pontos foi conquistada por Luís Gomes (Kelly / Simoldes / UDO), com 34 pontos; as metas Volantes por César Martingil (Aviludo – Louletano / Loulé Concelho), com 3 pontos; a Juventude foi ganha por Afonso Lopes (Porminho Team Sub23); e as metas Bolinhas, por João Medeiros (Credibom / LA Alumínios / Marcos Car), com 5 pontos.

CADÊNCIA ELETRIZANTE APÓS A PARTIDA EM SANGALHOS
A terceira e derradeira tirada do Grande Prémio Abimota começou com uma cadência eletrizante no calor das praias aveirenses, com as inúmeras tentativas de fuga a iniciarem-se logo após a partida real, em Sangalhos.
Das várias tentativas de fuga, só uma ao quilómetro 30 é que teve fundamento para deixar para trás o pelotão, com 17 ciclistas a impor um ritmo avassalador precisamente a 1.000 metros da primeira meta volante instalada em Amoreira da Gândara. Estava dado o mote para uma saída com eventual fama, chegando a ter uma vantagem de 1m50s.
Pedro Andrade (ABTF Betão - Feirense), Rafael Lourenço (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense), César Martingil (Aviludo – Louletano / Loulé Concelho), João Macedo, André Ramalho, Diogo Narciso (todos do Credibom /LA Alumínios / Marcos Car), Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), João Silva, Noah Campos (ambos da Kelly / Simoldes / UDO), César Fonte, João Martins (ambos da Rádio Popular – Paredes – Boavista), Angel Sanchez, Bruno Silva, Leangel Linarez (todos da Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua), Sérgio Saleiro (Fonte Nova/Felgueiras), Tomas Bauwens (Óbidos Cycling Team) e Christopher Morales Fontan (Maglia Tecnosylva – Bembibre Cycling Team), foram os ciclistas que deixaram o pelotão para trás e “investiram” todos os “créditos” para chegar a Águeda com o carimbo do sucesso.
Na meta volante de Amoreira da Gândara, ao km 31,6, o primeiro foi César Martingil, seguido de João Silva e Tomás Bauwens. Paulatinamente, os ciclistas em fuga deixaram o pelotão em “brasa”, não só pela aproximação às praias da região aveirense, como do hipotético perigo para o camisola amarela, obrigando a equipa a um esforço suplementar para encurtar distâncias.
Com a meta das Autarquias, em Vagos, à vista, eventuais constrangimentos no que concerne ao pelotão foram desaparecendo, uma vez que a equipa de Rafael Reis, camisola amarela, conseguiu abreviar a vantagem dos fugitivos. No entanto, lá na frente, João Martins reclamou para si o melhor tempo na meta das Autarquias, seguido de João Macedo e André Ramalho, em segundo e terceiro, respetivamente.
Na segunda meta volante do dia, na Costa Nova, a vitória voltou a sorriu a João Martins, relegando para a segunda e terceira posição César Martingil e Tomás Bauwens, respetivamente, numa altura em que os fugitivos rodavam à média horária de 45 km/hora à passagem das duas horas de prova.
GASPAR GONÇALVES VENCE A MONTANHA EM TALHADAS
O andamento na frente permaneceu bastante rápido, com o pelotão a recuperar algum tempo, mas a perder logo a seguir. Na meta Volante de Mourisca do Vouga, em frente ao Museu Etnográfico e em homenagem a José Maria Marques, César Martingil foi o mais célere. João Martins e Bruno Silva seguiram na roda de César Martingil.
Por seu turno, na meta Bolinhas, instalada em Albergaria-a-Velha, Rafael Lourenço foi o primeiro a cruzar a linha, seguido por João Macedo e João Martins.
Com a aproximação da meta de Montanha de 2.ª categoria, em Talhadas, Rafael Lourenço, Sérgio Saleiro e Tomas Bauwens fugiram ao grupo de fugitivos em que estavam inseridos, mas foram Gaspar Gonçalves, César Fonte, Bruno Silva, Pedro Andrade e André Ramalho, por esta ordem, a passar pelo topo de Talhadas.
A partir daqui, os ciclistas iniciaram uma descida bastante rápida em direção a Águeda, com o pelotão, cada vez mais reduzido, praticamente a “colar-se” ao numeroso grupo de fugitivos, numa etapa que teve, efetivamente, vários momentos de enorme espetacularidade, enriquecendo a história do Grande Prémio Abimota.