1. Primoz Roglic (Red Bull - BORA - hansgrohe)
O esloveno é o mais forte de todos os candidatos e é também o que tem o palmarés mais rico. Já venceu a Volta a Itália anteriormente e esta será a quarta participação na prova italiana - lembramos que acabou em 3º lugar em 2019 e venceu em 2023 -. Roglic começou esta temporada na Volta ao Algarve, onde foi 8º, e depois venceu a Volta à Catalunha (ainda por cima de forma espetacular, com um ataque na etapa final de Montjuic). É um ciclista sólido, focado e fiável, com poucas debilidades, e terá uma escolta de luxo, incluindo Jay Hindley (que já venceu a Volta a Itália), Daniel Felipe Martínez (segundo classificado no Giro de 2024), Giulio Pellizzari (um dos melhores - mas também discretos - trepadores do mundo) e gregários de topo como Jan Tratnik ou Nico Denz.
2. Juan Ayuso (UAE Team Emirates)
Aos 22 anos, o espanhol vai estrear-se nesta prova com responsabilidades acrescidas. Embora o seu talento seja indiscutível - venceu a Volta a Itália sub23 em 2021, além de ter sido 3º e 4º nas duas primeiras participações na Volta a Espanha - Ayuso terá de demonstrar aos seus colegas de equipa que é um ciclista coletivo, sobretudo depois do que aconteceu no passado com João Almeida. O Giro é o principal objetivo do alicantino nesta temporada que, curiosamemte, começou bastante bem, com vitórias na Faun Drome, Trofeo Laigueglia, Tirreno-Adriático e uma etapa da Volta à Catalunha (onde terminou em segundo na classificação geral atrás do esloveno). O espanhol vai ter uma forte equipa a ajudá-lo, com Adam Yates, Jay Vine, Brandon McNulty, Rafał Majka, Isaac del Toro, Igor Arrieta e Filippo Baroncini.
3. Adam Yates (UAE Team Emirates)
O trepador britânico é o segundo chefe de fila da equipa dos Emirados e tem qualidade suficiente para estar na luta pela camisola rosa. Mas ainda não sabemos qual vai ser a estratégia da equipa, e especialmente, como vai ser conviver com Ayuso durante três semanas. Yates foi 3º na Volta a França de 2023 e esta será a segunda participação na Volta a Itália (em 2017 estreou-se nesta prova, foi o melhor jovem e terminou em 9º na classificação geral). Este ano já ganhou o Tour de Oman e acabou a Tirreno Adriático em 16º.
4. Antonio Tiberi (Bahrain Victorious)
Tiberi é uma das grandes esperanças do ciclismo italiano. Este jovem de 23 anos tem evoluído passo a passo e é um bom trepador, um contrarrelogista sólido e, no cômputo geral, é um ciclista fiável e completo. Em 2024 foi o melhor jovem do Giro e terminou em 5º na classificação geral. Este ano foi 3º na Tirreno Adriático, mas foi obrigado a abandonar o Tour dos Alpes por problemas gastrointestinais. Tiberi terá o auxílio de ciclistas veteranos como Pello Bilbao ou Damiano Caruso.
5. Mikel Landa (Soudal Quick-Step)
Landa acabou de renovar o seu contrato com a Soudal Quick Step até 2026, portanto está mais motivado após alguma incerteza quanto ao seu futuro. Esta será a oitava participação na prova italiana e tem dois objetivos bem definidos: ganhar pelo menos uma etapa e, sobretudo, ficar bem classificado na geral, se possível no pódio. Landa é um bom trepador e rola bastante bem, mas tem um grande handicap: os contrarrelógios. Lembramos que em 2015 e 2022 foi terceiro no Giro, em 2019 foi quarto e já venceu três etapas - duas em 2015 e uma em 2017 - bem como o Grande Prémio de Montanha (também em 2017). Este ano foi 7º na Tirreno Adriático e 4º na Volta à Catalunha.
6. Thymen Arensman (INEOS Grenadiers)
O neerlandês de 25 anos de idade tem todas as qualidades para ser um vencedor de uma grande volta. Aliás, se olharmos para o seu palmarés notamos um dado curioso: terminou em sexto lugar em três grandes Voltas (Volta a Espanha de 2022 e nas duas últimas edições da Volta a Itália). Tudo indica que vai partilhar a liderança com Egan Bernal, mas só após as primeiras jornadas de alta montanha teremos a certeza. Arensman foi 4º na Volta à Comunidade Valenciana, 3º na Paris-Nice e 2º no Tour dos Alpes, resultados que demonstram o seu bom momento de forma.
7. Michael Storer (Tudor Pro Cycling Team)
A sua espetacular vitória na geral do Tour dos Alpes - perante ciclistas de renome como Arensman, Gee, Ciccone, Caruso, Poole, Hindley e Bardet - faz com que o australiano da Tudor entre diretamente na lista de favoritos ao top 10 da Volta a Itália. Além disso, nesta temporada foi 5º na Paris-Nice - onde ganhou uma etapa de montanha em Auron - e 3º no Trofeo Laigueglia, resultados que demonstram a sua progressão.
8. Derek Gee (Israel - Premier Tech)
Embora falemos pouco dele ao longo do ano, Derek Gee é um dos ciclistas que mais evoluiu nas duas últimas temporadas. O ciclista natural do Canadá tem atualmente 27 anos e em 2023 deslumbrou devido à sua combatividade. Em 2024 terminou a Volta a França em 9º e esta temporada tem feito resultados positivos: venceu o Gran Camiño, foi 4º na Tirreno Adriático e 3º no Tour dos Alpes. Além disso, como confessou, fez o reconhecimento de muitas das etapas chave da Volta a Itália e fez treinos específicos, incluindo em contrarrelógio, para lutar por um dos lugares do pódio.
9. Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling Team)
O talentoso e polivalente ciclista britânico vai participar pela primeira vez na Volta a Itália e tem grandes ambições. Após ter terminado a Volta a França duas vezes no top 20, Pidcock quer dar um passo em frente na sua carreira e ficar nos lugares do pódio. Este ano tem sido fantástico para o ciclista da Q36.5 Pro Cycling Team, dado que venceu o AIUIa Tour (além de duas etapas), foi 3º na Volta à Andaluzia, 2º na Strade Bianche, 6º na Tirreno Adriático e 11º na Flèche Brabanzonne. Depois, ficou no top 10 nas Ardenas (3º na Flèche Wallone e 9º na Amstel Gold Race e na Liège-Bastogne-Liège).
10. Richard Carapaz (EF Education - EasyPost)
Três anos após a sua última participação, o equatoriano da EF regressa a uma prova em que se sente como peixe na água. Aliás, foi na Volta a Itália que o ciclismo mundial o conheceu e numca baixou do quarto lugar nas suas três presenças: foi 4º em 2018, venceu em 2019 e foi 2º em 2022. Após dois anos muito complicados devido a várias lesões e quedas, graças ao 4º lugar na Volta a Espanha de 2024 demonstrou que continua a ser um ciclista combativo e com capacidade para lutar pelo top 10 nas grandes voltas. Pode não estar na luta pelo pódio, mas nunca se pode descartar um ciclista que nunca atira a toalha ao chão. Esta temporada não está a ser muito positiva, dado que não conseguiu ficar no pódio em nenhuma prova - o 10º lugar na Volta à Catalunha foi o melhor resultado - mas se não estivesse em condições não era convocado pela direção da equipa norte-americana.
OUTROS CICLISTAS A TER EM CONTA:
Egan Bernal (INEOS Grenadiers), Giulio Ciccone (Lidl-Trek), David Gaudu (Groupama-FDJ), Jay Vine e Brandon McNulty (UAE Team Emirates), Simon Yates (Visma | Lease a Bike), Jai Hindley e Daniel Felipe Martínez (Red Bull - BORA - hansgrohe), Lorenzo Fortunato (XDS Astana), Einer Rubio (Movistar Team), Pello Bilbao (Bahrain Victorious), Romain Bardet e Max Poole (Team Picnic PostNL), Davide Piganzoli (Polti VisitMalta), Chris Harper (Team Jayco AlUla).
LISTA OFICIAL DE CICLISTAS QUE VÃO PARTICIPAR NA VOLTA A ITÁLIA:
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