Contra todas as probabilidades e com uma corrida inteligente, a americana Kristen Faulkner sagrou-se campeã olímpica de ciclismo de estrada ao vencer a prova de 157,6 quilómetros em Paris, onde surpreendeu as duas grandes favoritas, a holandesa Marianne Vos e a belga Lotte Kopecky, prata e bronze, respetivamente.
FAULKNER SURPREENDE TUDO E TODOS
A grande surpresa foi Faulkner, de 31 anos, uma ciclista que vive em Girona. Uma demonstração de inteligência, sentido tático e força final deram a esta ciclista, que também vai competir em provas de pista em Paris, uma inesperada mas brilhante medalha de ouro.
Faulkner, que com Kopecky alcançou Marianne Vos e a húngara Blanka Vas a 3,5 km da meta, não esperou para lançar a sua cartada final. Fez um ataque demolidor e ganhou segundos suficientes para chegar à meta e saborear a glória olímpica. As favoritas não acreditavam no que estavam a ver, mas também não tinham forças para reagir.
FUGA CONTROLADA
A corrida feminina, tal como a masculina, teve uma fuga inesperada no início, com ciclistas de países como o Afeganistão, com as irmãs Fariba e Yulduz Hashimi a mostrarem ao mundo o seu valor no pelotão internacional. Uma vietnamita, Thi That Nguyen e uma bielorrussa, deram cor a uma aventura que animou a corrida olímpica, enquanto as favoritas esperavam pelo seu momento de atuar.
BATALHA PELA MEDALHA DE PRATA E DE BRONZE
A nove subidas do fim, o grupo da frente passou a subida de Chateaufort, ao km 75, a meio do percurso, com cinco minutos de avanço. Nesta altura, o pelotão começou a mexer-se. Tal como na véspera, na corrida masculina, foi a equipa holandesa que marcou o ritmo.
A corrida entrou numa fase distinta. A experiência de Vos, campeã olímpica em Londres 2012 e tripla campeã do mundo, não foi suficiente para gerir a chegada. A holandesa e a húngara Vas foram apanhadas por Kopecky e Faulkner.
A americana não pensou duas vezes. Atacou, as outras ficaram para trás e Faulkner rumou para a vitória. Campeã nacional dos Estados Unidos, campeã pan-americana de contrarrelógio em 2023 e vencedora da Vuelta em 2024, antiga remadora e nadadora, Faulkner encontrou o rumo certo: Campeã olímpica, nem mais nem menos.
Daniela Campos foi 41.ª na prova, marcando assim a sua estreia nesta competição. Tornou-se na segunda portuguesa a participar na prova de fundo, tendo cortado a meta a 7m53 minutos da vencedora.
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