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Depois do enfarte, carreira de Colbrelli pode ter chegado ao fim

O ciclista italiano está a recuperar bem do ataque cardíaco sofrido durante a Volta à Catalunha, mas encontra-se agora num dilema, dado que os médicos italianos recusam atribuir-lhe uma licença devido ao desfribilador interno colocado debaixo da clavícula.

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Depois do enfarte, carreira de Colbrelli pode ter chegado ao fim

O ciclista italiano Sonny Colbrelli deu uma extensa entrevista ao jornal La Gazzetta dello Sport onde abordou a sua situação atual após o ataque cardíaco que sofreu durante a passada Volta à Catalunha. Nesta entrevista, o corredor da Bahrain-Victorious diz que agora se sente "feliz, com a minha família e filho, aproveitando cada segundo da minha vida".

Quanto ao ataque cardíaco sofrido após a primeira etapa da Volta à Catalunha, Colbrelli afirma que "quando acordei no hospital, tentei aperceber-me do que tinha acontecido. No início foi difícil acreditar e aceitar. Porquê a mim? O que é que eu fiz para mececer isto? São perguntas impossíveis de responder".

Quanto ao seu futuro, o vencedor da Paris-Roubaix de 2021, referiu o seguinte na entrevista: "Li muitas coisas acerca da minha situação, mas nem eu sei qual será o meu futuro. Estou no início da minha nova vida. Chegará a altura em que terei de pensar nas coisas e tomar algumas decisões importantes".

Quando esteve internado nos cuidados intensivos, foi-lhe implantado um desfribilador interno debaixo da clavícula que, na prática, irá reiniciar o seu coração caso sofra outra paragem cardíaca. O "inconveniente" desta situação é que os médicos desportivos italianos recusam emitir licenças a qualquer atleta equipado com um dispositivo destes, portanto a carreira desportiva de Colbrelli como ciclista poderá ter chegado ao fim. 

O italiano diz que está a aproveitar esta segunda oportunidade que a vida lhe deu e salientou ainda que "todos sabemos que a vida é temporária. Nunca pensamos nisso, especialmente quando as nossas vidas são feitas a correr". 

Colbrelli fez ainda questão de agradecer a ajuda que teve do staff médico, da família e da equipa Bahrain-Victorious. "Ajudaram-me muito a ver o outro lado da vida, que é muito melhor simplesmente porque estou vivo". 

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