POTENCIÓMETRO COM MEDIÇÃO NUMA SÓ PERNA
É óbvio que o preço é a maior vantagem desta opção, dado que só tem um sensor integrado num único pedal ou cranque. Basicamente mede a força (binário) exercido por uma só perna, geralmente a esquerda, e multiplica por dois, considerando que com ambas as pernas fazemos a mesma força. O resultado é a potência total estimada que estamos a gerar.
O inconveniente é que este tipo de medidor, ao extrapolar a potência de outra perna (sem a medir), pode estar a induzir em erro e a informação é menos precisa.
Esta imprecisão pode ser maior se, por qualquer circunstância, tivermos uma assimetria numa das pernas.
Por outro lado, convém esclarecer que, embora os dados fornecidos sejam menos precisos, os valores continuam a ser fiáveis, dado que ao ser uma imprecisáo sistemática, serve para comparar os nossos dados dia após dia, treino após treino, sendo fácil detetar melhorias de forma ou o inverso. Ou seja, tem sempre uma margem de erro de 7% face à potência realmente exercida, portanto continuamos a poder comprovar se estamos a progredir ou a regredir.
POTENCIÓMETRO COM MEDIÇÃO NAS DUAS PERNAS
Estes possuem sensores que captam a potência nos dois lados, quer seja nos cranques, pedais ou eixos pedaleiros.
Como realizam uma medição individualizada de cada perna, o valor da potência que fornece é fiável e real, detetando ainda a diferença de potência gerada entre cada perna (assimetrias). Isto permite, por exemplo, analisar se temos de corrigir a nossa pedalada, se temos de colocar uma cunha no sapato ou nas travessas, se é necessário mudar de palmilha ou ainda se é necessário fazer um bike fit caso exista uma diferença grande entre a potência gerada por cada perna.
O inconveniente é o preço. É um dispositivo mais complexo que encarece mais o preço final. Tudo depende da tua valorização do treino e de quanto estás disposto a gastar.
Obviamente, quanto mais elevado for o teu nível, mais vais querer evoluir e esta é uma ferramenta bastante útil nesse processo.