Está provado que quando treinamos no rolo não somos capazes de mover os mesmos watts que no terreno, por mais que nos esforcemos. E porquê?
O motivo principal é a inércia. Quando pedalamos na estrada (ou nos trilhos), existe uma inércia que nos impulsiona para a frente e, portanto, facilita a pedalada. O mesmo não acontece no rolo estático. Esta inércia afeta tanto a bicicleta (movimento da corrente, cranques e rodas) como o ciclista (movimento das pernas).
Além deste efeito físico, no rolo também somos afetados pela temperatura corporal, pois não existe uma brisa que nos ajude a refrigerar o corpo. E como todos nós sabemos, o calor é um fator que afeta o rendimento quando treinamos durante muito tempo. Por esse motivo, recomendamos treinar sempre com um ventilador potente situado mesmo à nossa frente.
A quantidade de potência que se pode "perder" num rolo face aos valores obtidos em outdoor varia bastante, mas em regra quando treinamos no rolo perdemos cerca de 20 a 40 w. Uma maneira de quantificar esta perda consiste em fazer uma subida na estrada de 10 minutos com umas determinadas pulsações e depois fazer o mesmo esforço com a mesma duração no rolo e as mesmas pulsações para ver a equivalência.
Quanto aos rolos que "medem" a potência, convém clarificar que na verdade não medem, mas sim estimam. Portanto, os seus valores nunca são os reais. Contudo, podem ser uma ferramenta interessante para monitorizar o nosso progresso. Estaremos a evoluir quando, para manter uma determinada potência, necessitarmos de menos pulsações. E vice-versa: melhoramos quando, para as mesmas pulsações, "movermos" mais watts.