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Vingegaard admite que faltou a um controlo antidoping de forma acidental em 2019

O vencedor da Volta a França referiu numa entrevista que deixou o seu telemóvel na cozinha e que o toque não estava a funcionar. "Penso nisso sempre para certificar-me de que não volta a acontecer", referiu.

EFE. FOTO: LUIS ÁNGEL GÓMEZ (SPRINT CYCLING AGENCY)

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Vingegaard admite que faltou a um controlo antidoping de forma acidental em 2019

O dinamarquês Jonas Vingegaard, vencedor da Volta a França, admitiu que falhou um controlo antidoping em 2019 de forma acidental, referindo que deixou o seu telemóvel na cozinha e que o toque não estava a funcionar.

Numa entrevista ao diário dinamarquês Ekstra Bladet, Vingegaard revelou que faltou a este controlo antidoping de forma involuntária, e espera que tal não volte a acontecer. Esta falta a um controlo antidopagem ficou registada no sistema internacional e Vingegaard referiu que "Penso nisso sempre para certificar-me de que não volta a acontecer".

O ciclista dinamarquês lamentou na entrevista os inúmeros casos de dopagem no passado e reconheceu o recente caso do seu companheiro de equipa Michel Hessmann

Vingegaard explicou as circunstâncias que fizeram com que faltasse a este controlo antidoping em 2019, e ressalvou que este ano foi controlado mais de 65 vezes. "Deixei o meu telemóvel na cozinha e o toque não estava a funcionar. Tentaram ligar-me, mas foi impossível responder. Foi uma falha, mas fizeram o teste passados dois dias", explicou. 

O ciclista admite que "não é difícil cumprir as regras de comunicação do nosso paradeiro" para facilitar o controlo antidoping, embora "seja um incómodo". Nessa entrevista, referiu ainda que o aumento dos controlos antidoping é algo positivo, mas fez questão de dizer que "de certa forma soa a algo vazio, porque há 20 anos também se faziam testes e havia fraude". 

Quanto ao seu companheiro de equipa Michel Hessmann que acusou positivo a um diurético num teste realizado fora de competição em Junho, Vingegaard deu o seu ponto de vista. "Não sei como é que chegou ao seu corpo, mas acho que o maior receio de um ciclista é que chegue através de algum alimento, e dessa maneira possa acusar positivo sem ter havido intenção".

Embora Vingegaard considere "uma pena" que o ciclismo continue a sofrer da reputação de dopagem gerada há 20 anos, acha positivo falar-se disso. "É importante falar do passado, porque se o escondermos debaixo do tapete, é óbvio que as pessoas não se vão importar se todos andarem metidos nesses esquemas. Se falarmos disso, acho que as possibilidades de alguém se dopar serão menores. Talvez seja uma forma de evitar que isto aconteça no futuro". 

Vingegaard colocou a sua mão no fogo no que diz respeito à credibilidade do pelotão atual e da sua própria. "Não tomo nada, e não creio que o resto do pelotão o faça. Como ganhei a Volta a França duas vezes sem tomar nada, também acho que os restantes também não tomaram", concluiu. 

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