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UCI sanciona a equipa Cynisca por fazer passar um mecânico por ciclista

O diretor da equipa continental norte-americana, Danny van Haute, ordenou que uma assistente da equipa responsável pela mecânica se fizesse passar por ciclista no controlo de assinaturas para completar a lista de cinco corredoras necessárias para competir numa prova belga no passado dia 9 de Julho. 

EFE. FOTO: CARLOS BARBA (SPRINT CYCLING AGENCY)

UCI sanciona a equipa Cynisca por fazer passar um mecânico por ciclista
UCI sanciona a equipa Cynisca por fazer passar um mecânico por ciclista

A União Ciclista Internacional sancionou o diretor da equipa continental feminina Cinysca Cycling, Danny van Haute, por fazer passar por ciclista uma mecânica desta formação, com o obetivo de completar o quinteto exigido e assim poder participar na prova (Argenta Classic – 2 Districtenpijl Ekeren-Deurne) disputada no passado mês de Julho na Bélgica. 

A Comissão Disciplinar da UCI determinou que, embora só quatro ciclistas estivessem presentes e disponíveis para iniciar a prova, vários membros da equipa tinham participado na fraude em virtude do artigo 12.4.008 do Regulamento da UCI ao tentar enganar o Colégio de Comissários, levando-os a acreditar que uma quinta ciclista estava presente e apta a participar no evento. 

O diretor desportivo da equipa, Danny van Haute, ordenou às ciclistas presentes (Anna Hicks, Cara O'Neil, Katherine Sarkisov e Claire Windsor) que mentissem sobre o paradeiro de uma quinta ciclista que não estava fisicamente no local, quando foi interrogada pelos comissários.

As ciclistas informaram o Presidente do Colégio de Comissários que uma quinta ciclista estava presente, mas estava doente. Após a equipa ser informada de que não poderia participar se as cinco ciclistas náo assinassem a folha de partida, o diretor, Van Haute, ordenou que a mecânica, Moira Barret, usasse roupa de ciclista e uma máscara, apresentando-se na partida e assinando a folha de partida como se fosse a quinta ciclista da equipa. 

Portanto, foi considerado que todos os membros da equipa mencionados fizeram parte desta fraude em virtude do artigo 12.4.008 do Regulamento da UCI, com diferentes níveis de implicação. 

Danny van Haute foi considerado o principal autor e foi sancionado com uma suspensão de qualquer atividade ciclista até 31 de Dezembro de 2025, e recebeu uma multa. 

Moira Barret teve um papel ativo na fraude ao vestir roupa de ciclista e tentar assinar a folha de presenças como quinta ciclista da equipa. Foi sancionada com suspensão de qualquer atividade ciclista até 1 de Setembro de 2024. 

Anna Hicks, Cara O'Neil, Katherine Sarkisov e Claire Windsor seguiram as instruções de Danny van Haute e por isso foram sancionadas com uma advertência em virtude do artigo 12.3.002 do Regulamento da UCI. 

Por último, a equipa foi sancionada com uma suspensão efetiva para a próxima prova do calendário Internacional da UCI em que se confirme a sua participação e foi multada. Esta decisão está sujeita a eventual recurso perante o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS). 

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