Nairo Quintana não quer abandonar o ciclismo profissional e continua à procura de equipa para a temporada de 2023. O ciclista colombiano marcou uma conferência de imprensa onde referiu que sempre competiu de forma honesta e respeitando as regras, deixando claro que "o ciclismo é sinónimo de luta contra as adversidades. Considero-me um lutador e vou continuar a lutar para conseguir manter-me na alta competição".
"Quero voltar a competir, a colocar um dorsal. Preciso disso, porque a competição está na minha essência", referiu Quintana, reconhecendo que atualmente está sem equipa e que se encontra disponível.
Nairo Quintana agradeceu o interesse de algumas equipas colombianas, mas deixou bastante claro que espera voltar ao mais alto nível: "A minha motivação é continuar a representar o meu país nas provas mais importantes do mundo".
Admitiu ainda que sente um ambiente adverso no ar e que há uma "muralha" que parece afastá-lo do seu regresso à competição, mas assegurou:. "Estou em boa forma".

Após este anúncio terminam todos os rumores acerca da sua eventual retirada do ciclismo profissional. "A luta e o sacrifício são os caminhos que conheço para evoluir na vida. Vou continuar a lutar para permanecer na alta competição até que o meu corpo e a minha mente digam basta", salientou o ciclista latinoamericano com mais títulos na história, incluindo a Volta a Itália de 2014 e a Volta a Espanha de 2016.
Após negociar a sua saída da Arkéa-Samsic, devido a ter acusado positivo à substância tramadol na Volta a França de 2022, o colombiano assegurou que tinha várias propostas de equipas para permanecer na elite do ciclismo. No entanto, os meses passaram e a contratação não se concretizou com nenhuma das equipas WorldTour com as quais chegou a dialogar (Astana, Bahrain Victorious, AG2R Citröen e Intermarché Wanty).
Havia ainda a possibilidade de ingressar na modesta Corratec, mas a equipa italiana (que recebeu um convite para participar na Volta a Itália deste ano) disse que não podia contratar Quintana por problemas financeiros, mas também fez questão de lembrar que faz parte do Movimento por um Ciclismo Credível (MPCC), que é totalmente contra o doping.
"Um verdadeiro ciclista não se rende perante as adversidades", ressalvou Quintana.