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Indústria das bicicletas apontada como preponderante para a mobilidade na Europa

O Parlamento Europeu emitiu um apelo em que insta a Comissão Europeia a reconhecer a indústria das duas rodas e mobilidade suave como um parceiro-chave no ecossistema de mobilidade da estratégia industrial da União Europeia.

Abimota

Indústria das bicicletas apontada como preponderante para a mobilidade na Europa
Indústria das bicicletas apontada como preponderante para a mobilidade na Europa

A resolução reconhece as contribuições significativas deste setor industrial para o ecossistema da mobilidade e para a economia, assim como o seu potencial de crescimento futuro. O Parlamento Europeu destaca a necessidade de maior apoio da UE para os investimentos do setor, incluindo financiamento para investigação, desenvolvimento e inovação, bem como suporte para o desenvolvimento adicional da infraestrutura dedicada à mobilidade suave.

O Parlamento Europeu pede também à Comissão Europeia e aos estados-membro que apoiem a produção de bicicletas e componentes "Made in Europe", estimulando assim a competitividade da indústria Europeia e trabalhe para colmatar a lacuna de financiamento existente entre os setores público e privado. Pretende-se também manter uma aposta global, estimulando a segurança da cadeia de distribuição, bem como incentivar a criação de emprego qualificado, a criação de “clusters” de ciclismo e melhorando a ligação entre a formação e a indústria.

Manuel Marsilio, Secretário-Geral da Confederação Europeia das Industrias do Ciclismo (CONEBI) e o presidente Erhard Büchel, saudaram a resolução com entusiasmo: "As indústrias europeias da bicicleta, E-Bikes, componentes e acessórios, dão as boas-vindas, de forma emocionada, ao apelo do Parlamento Europeu na Comissão Europeia e junto dos estados-membro da EU, no sentido de desenvolver uma estratégia de ciclismo integrada. Este é um apelo histórico para o crescimento sustentado do setor e um claro reconhecimento do papel crucial que desempenha no ecossistema de mobilidade e da industria da UE. Gostaríamos de agradecer à presidente do comité TRAN, Karima Delli, por ser a primeira a acreditar fortemente na importância desta resolução e esperamos ter um diálogo aberto com a Comissão Europeia, bem como com os governos nacionais em colaboração com os nossos membros e parceiros na defesa das duas rodas e mobilidade suave.“

Para Gil Nadais, Secretário-Geral da ABIMOTA: “Esta resolução envia uma mensagem clara de que o Parlamento Europeu reconhece o papel fundamental que a indústria das duas rodas e mobilidade suave desempenha na economia e na sociedade da UE. Face à atual conjuntura, vamos continuar a desenvolver e a ampliar os contactos que mantemos com o Governo e que têm sido francamente positivos. Recordo que Portugal está na linha da frente no que diz respeito à redução da taxa de IVA para as bicicletas e que o setor nacional das duas rodas e mobilidade suave, continua a crescer, tendo ultrapassado os 800 milhões de Euros de exportações em 2022, mantendo-se Portugal, tudo indica, como maior produtor de bicicletas da Europa.”  .

A resolução recente do Parlamento Europeu marca um ponto de viragem no avanço da mobilidade suave, nomeadamente da bicicleta, como um modo de transporte essencial, não enfatizando apenas os valores económicos e industriais, mas também envia uma mensagem clara para outros decisores políticos da UE, sobre o papel crucial que o ciclismo desempenha na construção de um futuro sustentável para a Europa.

A presente resolução exige maior investimento na infraestrutura de ciclismo e a aceleração da rede “Eurovelo”, bem como a harmonização da recolha de dados no ciclismo.

Sob o ponto de vista fiscal, os estados-membro da UE são também incentivados a reduzir as taxas de IVA para o fornecimento, aluguer e reparação de bicicletas e e-bikes.

Além disso, a resolução incentiva as autoridades locais e regionais a manterem as infraestruturas implementadas durante a pandemia covid-19.

A solicitação do Parlamento Europeu, de uma estratégia de ciclismo europeia interinstitucional concertada, visa duplicar o número de quilómetros pedalados até 2030.

Por fim, a resolução pede à Comissão que designe 2024 como o ano europeu de ciclismo.

“Esta resolução serve como uma mensagem histórica e um passo significativo para o nosso objetivo final de fortalecimento do ecossistema de ciclismo na Europa'', concluem Manuel Marsilio e Erhard Büchel, respetivamente Secretário-Geral e Presidente da CONEBI.

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