Já deves ter reparado que a maioria das e-bikes tem suspensões/amortecedores com mais curso do que as bicicletas ditas "normais". A consequência é óbvia: em zonas técnicas, a bicicleta afunda mais, por isso é mais provável que os cranques se aproximem mais do solo, podendo embater em raízes e pedras. Uma das formas de compensar este pormenor é a adoção de cranques mais curtos, geralmente de 165 mm, algo que quase todas as marcas já estão a fazer.
Contudo, como já deves ter notado caso tenhas uma e-bike, é preciso rever o SAG do amortecedor. Nas nossas voltas de teste a bicicletas e componentes costumamos ver utilizadores de e-bikes com um SAG excessivo, a rondar os 50%, quando na verdade deveria rondar os 25 a 30%. Isto influencia muito o comportamento geral da bicicleta e é o motivo principal desse afundamento traseiro que referimos no texto, fazendo com que os cranques toquem no solo.
E há quem pense que é uma deficiência da bicicleta, quando na verdade é muito fácil de resolver.
Além disso, também podemos instalar uns protetores de borracha para proteger as extremidades dos cranques.
Estes, por exemplo, custam somente 7 euros (são da Race Face) e estão disponíveis em várias cores.