Se olhares para a cassete da tua bicicleta, mesmo que seja nova, verás que os dentes têm um formato irregular. Esse formato, com alguns dentes mais rebaixados do que outros e com alguns semi-dobrados, facilita a transição da corrente de um carreto para outro.
Como se pode ver neste gráfico, numa cassete sem essa "dentição" específica, a corrente precisa de uma rotação maior para mudar completamente de carreto, além de que a corrente não encaixa completamente até toda ela estar no carreto de destino. Nas cassetes mais modernas, a dentição tem o design que referimos no primeiro parágrafo - que é considerado o correto na atualidade - por isso a transição de mudanças é muito mais rápida, suave e desgasta menos.
E COMO É QUE EU SEI SE A MINHA CORRENTE AINDA AGUENTA MAIS ALGUM TEMPO?
Se olhares para a inclinação de cada dente, à medida que se vai desgastando ficará com um formato que mais parece uma onda. Se ficar nesse estado está na altura de substituir. Um dos sinais que notarás se continuares a usar essa cassete durante algum tempo será uma certa fricção na pedalada e por vezes a corrente saltará do carreto quando fizeres força. Em qualquer caso, é muito mais barato substituir a corrente a cada 1.500 ou 2.000 km para que não tenha tempo suficiente de se alongar, desgastando prematuramente a cassete. Este é o método utilizado em todo o mundo e permite uma grande poupança. E se o fizeres corretamente, a transmissão poderá aguentar até três mudanças de corrente, caso contrário terás de substituir tudo de uma só vez.